Aprenda a pescar como um profissional

Um robalo de quatro quilos é o maior peixe que o empresário Carlos Sato, de 42 anos, já fisgou – a espécie tem, em média, dois quilos. Não é lorota de amador. Para conseguir tal feito, ele aprendeu técnicas de arremesso e de pesca com iscas artificiais, teve aulas específicas sobre robalos e até fez batismo nos manguezais de Bertioga, no litoral norte de São Paulo. Mas só depois de muitas tentativas exibiu com orgulho o ?troféu?.

Sato passou por uma escola de pesca – sim, isso existe! ?Sozinho não tem como aprender tudo?, confessa. Desde 2003, a Magic Fishing School tem tres cursos: arremesso, pescas com iscas artificiais e pesca de robalo, todos com o profissional Nelson Nakamura.

O curso de arremesso ensina o manuseio com carretilhas e molinetes. É feito em um dia, em pesqueiros próximos a São Paulo. Para aprender a pescar com iscas artificiais, o iniciante também terá aulas teóricas e práticas de um dia em pesqueiros parceiros da escola.

Mas, se a idéia é ser especialista em robalos, o curso é mais longo. São seis horas de aulas teóricas, além de uma aula prática nos mangues de Bertioga ou Casqueiro, em São Paulo. ?Não adianta só saber as técnicas, mas também como aplicá-las?, explica Nakamura.

Todos os programas incluem apostila, equipamentos e certificado de participação -e os peixes fisgados são devolvidos à água. Além dos cursos, a Magic Fishing School promove viagens mensais e vende pacotes de pesca para os principais rios e mangues do Brasil.

Na praia

Outro curso em alta é o de pesca de praia, promovido pela Universidade da Pesca, no Rio. Ensina a localizar o peixe de acordo com o movimento do mar, a dar nós para emendar linhas e a prender a isca, entre outras técnicas. O programa tem duração de dezesseis horas, inclui apostila e aula prática na praia.

Mas se o futuro pescador quer começar do zero, o ideal é participar do curso de montagem de varas da oficina de artigos de pesca Miraguaia.

Manual e licença

Prontos para a pescaria, os amadores precisam associar as técnicas aprendidas à preservação do meio ambiente. O tema até virou manual do Ibama, lançado no início de novembro. ?Pesque-e-solte: informações gerais e procedimentos práticos? orienta os iniciantes a planejar a atividade e até a capturar, manusear e soltar o peixe. A preocupação faz sentido. Nos últimos cinco anos, a pesca amadora cresceu 45%.

A publicação é gratuita e os interessados podem pedir um exemplar pelo telefone (61) 3316-1234. Mas não é só se conscientizar. Os pescadores precisam ter a licença para pesca amadora do Ibama, válida por um ano em todo Brasil. Formulários de licença são encontrados em casas lotéricas, nas sedes do Ibama e na internet (www.ibama.gov.br). (AE) 

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