Não é preciso percorrer centenas de quilômetros nem desembolsar muito dinheiro para viajar nas férias. Quem vive em Curitiba pode se divertir e encontrar uma série de atrativos turísticos nos municípios da região metropolitana. Existem diversas opções para quem gosta de contato com a natureza e boa gastronomia.
“Pelo menos metade dos municípios da região metropolitana de Curitiba tem alguma atividade voltada ao turismo, embora em muitos locais os roteiros ainda não estejam organizados de forma adequada. Na região metropolitana, é possível fazer turismo de curta distância, com ida e volta no mesmo dia e pouco gasto econômico. Existem opções para vários finais de semana”, comenta o coordenador estadual de turismo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Paraná (Sebrae-PR), Aldo César Carvalho.
Em Araucária, a opção é o roteiro de turismo rural Caminhos do Guajuvira, com 42 quilômetros de extensão. O destino, cortado pelo trilho do trem, é ideal para quem quer conhecer o dia a dia dos colonos, ver bichos e plantações e comprar produtos coloniais, como mel, queijo e salame.
“Principalmente nos finais de semana, recebemos muitos turistas, de diversas partes do Estado. O Guajuvira é muito bonito de ser percorrido”, afirma o comerciante Henrique Czaikowski, que possui uma mercearia centenária ao longo do caminho.
Ciciro Back |
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O Museu Trentino é um dos atrativos do Caminho Trentino dos Mananciais da Serra, roteiro de oito quilômetros em Piraquara. |
Em Piraquara, existe o Caminho Trentino dos Mananciais da Serra, com início na estação de trem do município. No percurso de cerca de oito quilômetros, que é feito por muita gente de bicicleta, encontram-se, entre outras atrações, a Igreja Nossa Senhora da Assunção, o Parque Municipal Trentino, o Monumento Trentino, a Barragem do Cayuguava e a aldeia indígena Karuguá.
Repleto de adegas, em São José dos Pinhais encontra-se o Caminho do Vinho, também localizado em área rural, dentro da Colônia Mergulhão, entre as colônias Acyoli, Murici e Rio Pequeno.
Localizado a dez quilômetros da sede do município, o caminho tem como atrativos, além do vinho, restaurantes, estabelecimentos que servem café colonial, minhocário, venda de mel, artesanato e propriedades particulares que oferecem uma série de opções de lazer.
“Os turistas nos visitam o ano todo e vêm de diversos estados brasileiros. Em nossa adega, comercializamos vinhos produzidos aqui (em São José dos Pinhais), com uvas trazidas do Rio Grande do Sul. Nossos produtos são totalmente artesanais e sem conservantes. Minha família está há cerca de setenta anos na produção de vinhos, que começou com meus bisavós, na Itália”, conta a integrante da família proprietária da adega Bortolan, Eumari Bortolan.
Em Campo Largo, o principal atrativo é a produção da louça, da cerâmica e da porcelana. Espalhadas pelo município existem diversas fábricas e estabelecimentos que oferecem vasos, enfeites, jogos de chá e café, jogos de jantar e outros artigos de casa e cozinha. Um deles, logo na entrada da cidade, é o Ponto da Cerâmica.
“Janeiro é o melhor mês do ano para nós. Nesta época, a quantidade de turistas, tanto brasileiros quanto estrangeiros, que visitam o estabelecimento aumenta consideravelmente. Nossos produtos são todos produzidos em Campo Largo e pintados à mão”, diz a funcionária da loja, Rosiane Fiacosque.
Daniel Ca,ron |
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Propriedades de colhe e pague são diferenciais existentes no Circuito Italiano de Turismo Rural, em Colombo. |
Em Colombo, existe o Circuito Italiano de Turismo Rural que, no ano passado, completou dez anos de criação. O roteiro compreende, entre outros atrativos, visitação à Gruta do Bacaetava, ao Parque Municipal da Uva, vinícolas com degustação e restaurantes com comidas típicas italianas.
Um dos diferenciais são as propriedades de colhe e pague. Uma delas é a chácara Gasparin, que existe há 103 anos. No lugar, o turista pode adquirir produtos orgânicos: colhe diretamente da terra, paga e leva para casa.
“Temos seis tipos de alface, milho verde, tomate, berinjela, pepino, repolho e uma série de outros produtos. Nada é plantado com uso de agrotóxicos. Nos domingos, chegamos a receber cerca de quinhentas pessoas”, diz o proprietário José Dias Gasparin.
Garanta seu almoço no pesque-pague
Nos diversos municípios da região metropolitana, um dos atrativos muito procurados, principalmente nos finais de semana, são os pesque-pague. Em São José dos Pinhais, em meio ao Caminho do Vinho, está o pesque-pague Cachimbo, sempre bastante visitado.
No local, que funciona das 9h às 19h, existe parquinho para as crianças e seis tanques de peixe. Tudo o que é pescado deve ser levado pelos visitantes, sendo que os animais não podem ser soltos na água novamente. “A entrada no estabelecimento é gratuita. Fornecemos iscas e cobramos R$ 1 pelo aluguel de vara.
É possível pescar tilápia (R$ 7,50 o quilo), bagre catfish (R$ 8), carpa (R$ 7) e jundiá (R$ 7)”, revela um dos proprietários, Antônio Eloir Przybicien. O telefone do local é o (41) 3635-1179.
Em Colombo, além do “colha e pague”, a chácara Gasparin disponibiliza pesque-pague. Os materiais de pesca são locados por R$ 1 e os peixes custam R$ 7,50 o quilo, também não podendo ser devolvidos à água.
São disponibilizados dois tipos de tilápia, carpa, catfish e traíra. Para quem passa o dia, existe um restaurante por quilo, com capacidade para 150 pessoas, que oferece vários tipos de carnes e saladas. O contato do estabelecimento é o (41) 3656-3013. (CV)