A história de Florianópolis escrita nas pedras

Passeio pelas praias de Florianópolis (SC) é convite para desvendar a história do Brasil. Nas praias do Santinho e Ingleses, trilhas ecológicas revelam inscrições rupestres e sítios arqueológicos construídos há cinco mil anos. São os sambaquis, cujos primeiros habitantes viviam da caça e da pesca e habitaram a região antes dos índios Itararés e carijós.

Um dos desenhos de sambaqui, que lembra uma aranha, tornou-se logotipo do Resort Costão do Santinho. Nas rochas pela orla, visitantes mais atentos podem observar fendas onde os povos primitivos amolavam suas ferramentas.

O guia Ciro Carlos Mello Couto, 44, explica detalhes das inscrições. Ele diz que as gravuras nas rochas são símbolos sagrados de difícil interpretação. Mas o importante não é tentar decifrar os desenhos nas pedras. Morro das aranhas

Um dos locais mais bonitos é o Morro das Aranhas. Espécie de museu a céu aberto que proporciona visual deslumbrante. No topo, há um mirante utilizado para voo livre com vista para norte e sul da Ilha de Santa Catarina.

Não se sabe, mas talvez tenha sido naquele ponto que o espanhol Alvar Nuñes Cabeza de Vaca tenha partido a cavalo em 1541 com 250 índios carijós até onde hoje se encontra Foz do Iguaçu.

Na praia dos Ingleses, funciona o Projeto Arqueologia Subaquática com objetos recolhidos de uma embarcação espanhola que naufragou no local. A bióloga Cátia Guimarães diz que o objetivo do projeto é identificar cada peça e intensificar a procura de mais objetos que estão no fundo do Oceano.

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