A Gruta do Lago Azul é, de longe, o passeio mais famoso e divulgado. Estar em Bonito e não visitá-la é quase o mesmo que “ir a Roma e não ver o Papa”. Porém, o passeio, como muitos da localidade, exige uma dose extra de coragem. Para chegar até a margem do lago azul – cuja água realmente reflete um azul bastante intenso (as fotos mostradas pelos agentes de turismo não são enganação) e é capaz de encher os olhos de lágrimas pela beleza – é preciso encarar uma descida de 100 metros, por exatos 297 degraus esculpidos em pedra.
O caminho é estreito (as pessoas precisam andar em fila indiana), escorregadio e não há cabos de aço nem corrimãos para se segurar. Para evitar acidentes, é importante fazer silêncio e prestar bastante atenção às orientações dos guias, cuidar onde pisa e transitar devagar.
Ao longo do percurso, existem plataformas (também de pedras) onde é possível parar, bater fotos e contemplar tanto a água azul quanto as estalactites. Pessoas que têm problemas com altura são aconselhadas a não olharem muito para baixo, mas quem não se arrisca a olhar perde grande parte do espetáculo.
Na margem do lago, onde não é permitido se banhar, dá para descansar e tirar mais fotos. Normalmente, devido à ausência de luz, os turistas se atrapalham para captar boas imagens. Tem maiores chances quem deixa a máquina digital no modo noturno, sem flash e consegue não tremer a mão na hora de bater.
Bonitour |
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A saída da gruta é feita pelo mesmo caminho de entrada e é comum as pessoas lamentarem a ausência de algum tipo de elevador que as tire de lá, o que seria quase impossível de ser instalado no local. Porém, para muitos, a subida costuma ser mais tranquila que a descida, pois fica mais fácil se equilibrar nos degraus.
Quem termina o passeio geralmente o faz sujo de lama e com a musculatura da perna dolorida, mas feliz e com a sensação de que o esforço valeu a pena. Passados alguns dias, as dificuldades são esquecidas e ficam apenas as boas lembranças. Dá vontade de voltar e repetir a experiência.
Bote
Como a visita à gruta dura meio período, é possível fazer, no mesmo dia, o passeio de bote pelo rio Formoso. Neste, não se pode ter medo de água fria. Os participantes – instalados em duas embarcações que seguem lado a lado – não abrem mão de promover guerrinhas de água com seus remos e baldes, que deveriam ser utilizados justamente para retirada do líquido acumulado no fundo dos botes. Depois do susto da primeira “baldada” na cara, o gostoso é entrar na brincadeira e tentar acertar os “inimigos” do bote adversário.
O percurso pelo Formoso é de sete quilômetros, com duração de duas horas. No caminho, o bote passa por três cachoeiras e duas corredeiras, mas 90% do passeio é feito por águas tranquilas. Na vegetação que margeia o rio, é possível visualizar aves e outros animais da região.