A primeira coisa que Dalvana Correia da Silva, 29 anos, faz ao acordar é, depois de agradecer, observar como está seu filho Erick Ismael Correia da Silva, 12. O menino sempre retribui com um largo sorriso e é isso que a estimula a seguir em frente desde que ele nasceu.
Complicações em um parto conturbado causaram em Erick uma paralisia cerebral seguida por vários problemas de saúde. Em Dalvana o efeito também perdura até hoje. E é um trauma que ela volta a enfrentar agora que espera seu segundo filho. “Me lembro de tudo o que aconteceu naquele dia”, diz, se referindo aos procedimentos: a tentativa de parto normal, seguida por um fórceps malsucedido e, por fim, uma cesárea de emergência.
A nova gravidez foi descoberta durante uma das muitas internações de Erick e, apesar do receio de que alguma coisa aconteça novamente, a dona de casa não vai desistir. Da mesma forma que decidiu continuar com o garoto e dar a ele todo o conforto possível, ela deseja o mesmo para o filho que está a caminho. “O Erick está gostando da ideia e isso me confortou muito. Eu penso que tudo tem hora e ninguém sabe o dia de amanhã”, afirma. Ela planejava aumentar a família daqui a dois anos. “Foi uma coisa que pegou todo mundo de surpresa”.
Novas experiências
“Tudo o que não tive que fazer com o Erick vou ter que fazer agora. Ele não chorava, sempre foi uma criança quietinha. Também vou ter que amamentar, eu não amamentei o Erick. Vai ser tudo novo, é diferente, vou ter que aprender tudo”, comenta Dalvana. “Todo mundo me fala pra rezar e pedir que venha uma criança sadia. Mas se vier outra criança especial, vou cuidar com o maior amor do mundo, vou cuidar dela também”, promete.
Batalha continua
A história de Erick e Dalvana já é conhecida dos leitores da <BF>Tribuna<XB>. Muitos ajudaram na construção de uma UTI na casa da família, para acomodar o garoto. “Tudo o que conseguimos foi com a ajuda dos outros. Me perguntam se grandes empresários ajudam o Erick, mas na verdade quem ajuda mesmo são as pessoas mais humildes”, conta a mãe.
O quarto ficou pronto há alguns meses e Erick já está acomodado no local. O garoto gosta muito do espaço. “Ele não gosta de sair daqui. Quando não tá no quarto, ele fica olhando pra lá…”, comenta Dalvana.
A doença, porém, continua evoluindo, junto com a necessidade de mais medicamentos e aparelhos. Desta vez, a necessidade é por um cateter utilizado para a aplicação de medicamentos. O modelo é o número 9 e custa R$ 2 mil.
Doações
Quem quiser ajudar Dalvana e Erick pode entrar em contato pelos telefones (41) 8870-4358 e (41) 9777-5949. Contribuições financeiras podem ser feitas na Caixa Econômica Federal, agência 4744, operação 013, conta poupança 33.57-8, no nome de Dalvana Correia da Silva.