Se você sofre com a impotência sexual, talvez tomar aquela famosa pílula azul não seja a melhor opção. De acordo com um estudo realizado na Universidade de Haifa, em Israel, um tratamento com leves choques no órgão sexual podem ajudar a melhorar muito a função sexual.
De acordo com o pesquisador Yoram Vardi, o tratamento pode até mesmo reverter completamente a disfunção erétil. Segundo o especialista, o tratamento é muito melhor do que remédios como o Viagra porque estes não são tratamentos, apenas medicamentos que funcionam por um tempo limitado.
“Este é um estudo preliminar, mas com as ondas de choque, podemos ter resultados biológicos para o problema”, afirma Vardi. “Depois do tratamento, estes pacientes podem ter uma vida sexual normal, sem necessidade de medicamentos”, completa.
Em estudos realizados com animais, choques de baixa intensidade ajudaram a aumentar o crescimento de novos vasos sanguíneos a partir dos já existentes. Vardi e sua equipe especularam, então, que a mesma terapia poderia ajudar homens com problemas de disfunção erétil devido a problemas de circulação de sangue para o pênis.
De acordo com Vardi, problemas cardiovasculares são responsáveis por quase 80% dos pacientes com disfunção erétil. Para os primeiros testes com humanos, os pesquisadores trataram 20 voluntários com uma média de 56 anos, que tinham problemas de disfunção erétil leve ou moderada há aproximadamente três anos.
Em cada sessão, um aparelho que se assemelha a um mouse de computador aplicava leves choques em diferentes locais do pênis. Mas não tente conectar suas partes em uma tomada: “Estas são ondas de choque muito, muito pequenas”, diz.
Cada choque aplica aproximadamente 20 vezes a pressão do ar dentro de uma garrafa de champanhe, mas isso é ainda menor que a pressão exercida por uma mulher de 60 quilos sobre sapatos de salto.
Cada parte do pênis recebeu cerca de 300 choques durante três minutos. Os homens participaram de duas sessões semanais durante três semanas, e depois repetiram o tratamento depois de três semanas.
Diferenças grandes foram observadas em 15 dos 20 homens que participaram do estudo. Além disso, Vardi afirma que o tratamento não teve nenhum efeito colateral, além de não causar dores.
Mesmo com os resultados animadores, Vardi alerta que, mesmo que estudos mais aprofundados provem a eficácia do tratamento em mais homens, este não é um tratamento para todos.
Os pesquisadores escolheram para o estudo homens cujos problemas estavam ligados ao fluxo de sangue, e não problemas nos nervos, músculos ou outros que podem causar a disfunção erétil.
No momento, os pesquisadores estão expandindo os testes com grupos que recebem placebos, além de uma quantidade maior de voluntários. “Este é apenas o começo, ainda precisamos entender muito mais sobre o que acontece”, diz Vardi.
“Também precisamos descobrir por quanto tempo esta resposta irá durar – se ela dura para sempre, se um ano, dois anos ou menos”, afirma. “Sabemos que, até três meses após o tratamento, tudo fica normal”, completa.