São Paulo (Agência USP) -Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) avaliou a prevalência dos transtornos mentais comuns – estados de estresse ansiedade ou depressão que podem evoluir para uma doença psiquiátrica – em populações atendidas pelo Programa Saúde da Família.

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O resultado é que 24,1% dos entrevistados apresentavam quadros compatíveis com transtornos mentais, uma proporção considerável, que é ainda maior nas mulheres, nas categorias de menor renda e de menor escolaridade. A pesquisa foi realizada na Vila Nova Cachoeirinha e na Vila Curuçá, na zona Norte e Leste da cidade de São Paulo, respectivamente, de acordo com indicadores como sexo, renda e escolaridade.

Segundo a pesquisa, o número de casos de transtornos mentais em áreas carentes foi consideravelmente maior que a média da cidade de São Paulo. As mulheres são mais suscetíveis – são 28% delas contra 21% dos homens. Isso possivelmente acontece, segundo Gianini, porque costumam ser mais sensíveis, têm maior capacidade de auto-observação, procuram mais freqüentemente o médico e,por isso, acabam tendo uma melhor percepção de seus sintomas, além da desvantagem social a que estão submetidas.

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