Transição completa para TV digital pode levar dez anos

O governo quer que a transição completa do sistema de TV analógica para o de TV digital seja feita num prazo de dez anos. Esse prazo foi definido hoje em reunião realizada no Palácio do Planalto entre os ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff, e das Comunicações, Hélio Costa, e diretores das emissoras de TV.

O presidente da TV Bandeirantes, João Carlos Saad, disse, ao sair da reunião, que as emissoras estão prontas para começar a transmitir em sinal digital no prazo de seis meses após a definição, pelo governo, do padrão de TV digital a ser adotado no País e das tecnologias brasileiras que serão incorporadas ao novo sistema.

Ele informou que os ministros não marcaram, ainda, uma data para o anúncio do padrão a ser adotado. A expectativa, segundo fontes que participam das discussões em torno do assunto, é que isso aconteça dia 29, quando chega ao Brasil o ministro do Interior e da Comunicação do Japão, Heizo Tanekaka.

O diretor-executivo do SBT, Guilherme Stoliar, disse que as empresas precisam trocar 5.000 transmissores dos sinais de televisão. Dependendo da potência, cada transmissor poderá custar de US$ 50 mil a US$ 50 milhões. No Brasil, segundo ele, existem 50 milhões de lares com televisões e, ao todo, 70 milhões de aparelhos de TV.

O prazo de seis meses para as empresas se adaptarem ao novo sistema é uma estimativa apenas para as emissoras de TV. Para que a população possa assistir TV pelo sistema digital, o prazo dependerá da fabricação de televisores digitais ou aparelhos conversores de sinais digitais em analógicos.

A idéia das emissoras é começarem a transmissão inicialmente nas capitais. Os executivos não deram números sobre o volume necessário de investimentos, mas, segundo fontes do governo, o banco japonês JBIC tem uma linha de crédito de US$ 500 milhões para financiar as emissoras brasileiras.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo