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Uma enorme tempestade eletromagnética solar, originada por uma gigantesca mancha nesse astro, tem afetado, nos últimos dias, as telecomunicações terrestres, informou o cientista do Observatório Cerro Tololo, no Chile, Arturo Gómez. O pesquisador assegurou que não há riscos diretos para a saúde humana, devido à proteção assegurada pela ionosfera, a camada ionizada da atmosfera. O fenômeno tem gerado auroras boreais e austrais espetaculares, cheias de colorido. "Os únicos humanos mais expostos à radiação direta dessa tormenta solar são os tripulantes da Estação Espacial Internacional (ISS), que devem se proteger em um cubículo especialmente desenhado para essas circunstâncias", disse Gómez. Na Terra, enquanto isso, ocorrem alguns problemas de comunicação com os satélites artificiais em órbita, interferências em ondas de rádio e em sinais de TV, além do risco de sobrecargas em alguns sistemas de alta tensão. O cientista assinalou que o incomum dessa tempestade solar é que ocorre em período de Sol "calmo", fora do ciclo solar normal, que produz esses fenômenos a cada 11,3 anos terrestres. Arturo Gómez disse que o evento solar "lança grande quantidade de partículas carregadas de energia para o espaço mais próximo, onde estamos nós". Ele explicou que o satélite da Nasa chamado Soho se encontra em órbita entre o Sol e a Terra e permite conhecer com várias horas de antecedência a chegada dessas ondas de radiação eletromagnética, pois controla permanentemente a superfície solar.

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