Tendência em diversos setores, a sustentabilidade também encontra espaço na construção civil. Para agradar o mercado, é cada vez maior o número de empresas que aderem princípios sustentáveis desde a concepção do projeto até a oferta ao cliente. Para o mestre em Sistemas de Gestão e coordenador do MBA em Construção Civil da FGV, Pedro Seixas, “a legislação ambiental e a sustentabilidade têm um impacto cada vez maior no empreendimento imobiliário, desde a compra de um terreno até as questões ambientais que vão influenciar no produto”.
Prova disso, as certificações do Green Building Council são bastante cobiçadas por grandes empresas na hora de escolher sua localização física. Muitas vezes, estas edificações são capazes de reciclar seu próprio lixo, possuem sistema de captação de água da chuva e são projetados para aproveitar ao máximo a luz solar.
Outro ponto interessante é a utilização de materiais mais “verdes” na construção. De olho nesta tendência, o mestre em Engenharia Civil, Ricardo Ribeiro, e professor doutor Vsevolod Mymrine criaram a Risetech – Soluções Ambientais. Incubada no Centro de Inovações Empresariais do ISAE/FGV, a empresa é pioneira na produção de um novo conceito de tijolo, que vem para concorrer com o bloco de concreto, tijolo tradicional e tijolo solo cimento, comumente utilizados na fundamentação de construções.
Tecnologia brasileira, o Tijolo Ecológico Risetech tem como matéria prima os resíduos da construção civil e areia. Além disso, seu diferencial é a capacidade de seqüestrar CO2 da atmosfera durante seu processo de fabricação. Segundo o consultor de gestão da empresa, Almir Neves, o foco é oferecer os tijolos para lojas de materiais de construção. “A empresa ainda está em fase de estruturação, mas nossa meta é começar com 1% da produção da Região Metropolitana de Curitiba, em média 326,59 milheiros”. A Risetech está em fase de estruturação e no momento busca investidores. “Temos e tecnologia necessária e o plano de negócios montado, agora é ir atrás de capital”.