De acordo com psicólogos, a solidão é mais perigosa para a saúde de uma pessoa do que estar acima do peso ou fumar.

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A falta de convivência social não só nos deixa infelizes, mas também é ruim para a saúde física e mental. Um senso de rejeição aumenta a pressão sanguínea, o nível de stress, causa cansaço e aumenta as chances do desenvolvimento da doença de Alzheimer. Também reduz a energia e a perseverança e afeta a capacidade da pessoa de manter uma vida saudável (ela não vai prestar atenção à alimentação, higiene, medicação…).

O autor dos estudos, John Cacciopo, da Universidade de Chicago, nos EUA, afirma que a solidão não apenas altera o comportamento de alguém, causa, também, uma maior dificuldade para a circulação do sangue através do sistema cardiovascular.

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De acordo com os estudos de John, a solidão afeta o sistema imunológico, nos deixando mais suscetíveis à doenças. Também causa insônia e acelera a evolução da doença de Alzheimer.

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Para o professor, a diferença, em termos de saúde, entre uma pessoa solitária e uma que tenha vida social estável é a de um fumante para um não-fumante. John afirma que tudo isso tem a ver com as nossas “raízes”.

No passado, para que seus filhos sobrevivessem, as mães humanas precisavam ficar por perto, os sustentando e garantindo que eles crescessem. Isso é instintivo em muitas espécies.

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Mais tarde, para que pudesse caçar e proteger seu território, os homens precisaram se unir, ser altruístas e cooperar, criando a sociedade. E isso, é claro, influencia profundamente nosso estilo de vida.

Assim como é instintivo tirar nossa mão do fogo porque sentimos dor, as doenças atribuídas à solidão são um sinal do nosso organismo de que o modo com que estamos nos comportanto não está certo. Que, assim como precisamos afastar nossos dedos do fogão, precisamos nos relacionar socialmente. Do contrário sentimos dor e nos machucamos.

Para John, o problema do isolamento social tende a crescer à medida que os moldes tradicionais da família vão sendo substituídos por um outro estilo de vida. As pessoas estão vivendo mais e tendo menos filhos.

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Além disso, a pesquisa também mostrou que a média de amigos próximos que cada pessoa tem está diminuindo com o passar dos anos. [Telegraph]