O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) está realizando uma experiência, com uma churrascaria de Curitiba, para controlar a poluição emitida por chaminés. O projeto, feito em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), consiste em um sistema biológico automatizado para o tratamento das emissões gasosas.
O projeto vem sendo desenvolvido há cerca de um ano e partiu do empresário Augusto Farfus que, preocupado com a poluição emitida pelas chaminés, procurou o Tecpar. Para ele, Curitiba e as instituições envolvidas estão saindo na frente. “Não há no País uma churrascaria que não polua”, afirmou.
Segundo o gerente da Divisão de Tecnologias Sociais do Tecpar, Alexandre Akira Takamatsu, o objetivo do projeto é acabar com o incômodo causado pelo cheiro da fumaça gerada na churrascaria. “Tudo surgiu de uma linha de pesquisa existente. Após a consulta do proprietário da churrascaria, foi direcionado o estudo para a resolução desse caso”, explicou.
Além de tratar do cheiro, o sistema utiliza uma cultura mista de microrganismos que aproveita o gás carbônico presente na fumaça para produzir biomassa. Segundo Akira, a invenção lembra os painéis solares e, assim como estes, será instalada no telhado da churrascaria.
“Todo tipo de poluição tem controle. É uma honra podermos desenvolver recursos que vão cooperar com isso”, declarou o diretor-presidente do Tecpar, Luiz Fernando de Oliveira Ribas. A patente do sistema já foi depositada e a previsão para a instalação do projeto piloto é de aproximadamente três meses.