Os robôs humanóides japoneses, que sempre funcionaram individualmente, podem agora trabalhar em equipe, comandados por uma rede de computadores, abrindo novas possibilidades de uso. A estréia mundial dos robôs atuando em conjunto ocorreu em Tóquio, com dois robôs da Sony, o cãozinho “Aibo” e o “Qrio”; um da Fujitsu, o “Maaron-1”, e o quarto, “Wakamaru”, da Mitsubishi Heavy Industries.
Graças a um protocolo de rede desenvolvido pelas três companhias, os três robôs humanóides agiam em conjunto, dizendo o próprio nome, enquanto o “Aibo” latia e dava a “pata” ao público.
Em um comunicado, as três empresas informam: “Decidimos criar em maio próximo um grupo de estudos para a comercialização em grande escala de robôs de serviço, especialmente para os trabalhos domésticos, assistência médica e a enfermagem”.
Os robôs humanóides japoneses, que chegaram ao mercado no final dos anos 90, caminham e correm, falam e escutam, mas até agora serviram mais como curiosidade, sem terem uma finalidade prática.
Só o cãozinho “Aibo” do Sony teve sucesso, e em suas diversas versões chegou aos lares em várias partes do mundo. Outras máquinas, como o “Asimo” da Honda ou o “Qrio” da Sony (recentemente usado como regente de orquestra numa execução da Quinta Sinfonia de Beethoven) e dois modelos recentes da Toyota Motors, que tocam trombone, ficam confinadas aos salões de exibição ou são alugados temporariamente por empresas privadas ou públicas.
Diversas companhias, no entanto, já começaram a adotar robôs para atividades cotidianas, e algumas delas têm máquinas como recepcionistas. “Acreditamos que os tempos amadureceram para a comercialização dos robôs, inclusive em equipe”, indicaram as três empresas.