Uma nova molécula, o inibidor PARP, pode reparar danos cerebrais, revelou um estudo das universidades de Perúgia e de Florença, em colaboração com a multinacional farmacêutica Wyeth, divulgado pela revista internacional Molecular and Cell Neuroscience. O descobrimento parece oferecer concretas esperanças para impedir a morte de neurônios afetados por um derrame cerebral. Os inibidores das PARP são “os mais promissores”, acrescentou Roberto Pellicciari, docente de química farmacêutica na Universidade de Perúgia, que sintetizou e estudou a molécula. Derrames e isquemia cerebral, explicou Pellicciari, “causam a liberação de cálcio e dos radicais livres, substâncias que determinam a ativação das moléculas enzimáticas PARP”. “Ante o dano neurológico, as PARP atuam de modo seletivo: se o dano ao DNA dos neurônios é modesto, elas o reparam; se é grave, matam os neurônios afetados pelo derrame”, disse Pellicciari. Essa é uma “das causas da morte de neurônios por isquemia, com danos ao cérebro e invalidez ou morte do paciente”, prosseguiu o especialista. Bloquear de modo seletivo as PARP, concluiu Pellicciari, é “fundamental para deter o processo de morte dos neurônios”.

continua após a publicidade

continua após a publicidade