São Paulo (Agência Fapesp) – O projeto de geração de hidrogênio a partir da reforma do etanol, recém-criado pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT), em parceria com o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), receberá um importante impulso.
No dia 28, além de comemorar os 20 anos de pesquisas sobre reações catalíticas, o INT vai reinaugurar o seu Laboratório de Catálise, cuja modernização teve apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). No mesmo dia, será realizado o Fórum de Debates Questão Tecnológica na sede do instituto, no Rio de Janeiro. Durante o fórum serão discutidos temas como as possíveis rotas tecnológicas para a utilização de fontes alternativas aos derivados de petróleo, e os esforços dos pesquisadores nacionais na busca de caminhos que levem à auto-suficiência no setor de combustível. O projeto de geração de hidrogênio pretende aproveitar um grande potencial brasileiro em termos energéticos. A iniciativa visa a desenvolver catalisadores que permitam a obtenção e a purificação do hidrogênio a partir do etanol, para ser usado na célula a combustível.
Dados da Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais indicam que, em 2005, deverão ser produzidos no País 17 bilhões de litros de álcool, gerados a partir de uma produção esperada de 440 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.
Essa matéria-prima natural poderá muito bem ser usada na geração de energia. Do etanol é possível obter hidrogênio suficiente para ser usado em células a combustível. Além dessa facilidade vinda da cana-de-açúcar, o Brasil pode ainda utilizar a malha de distribuição existente para o álcool com essa outra finalidade, acreditam os pesquisadores.