O Brasil apresentou um crescimento na produção científica nacional nos últimos vinte anos. Mas esse aumento não se transformou em desenvolvimento tecnológico capaz de gerar riqueza e desenvolvimento, uma vez que o número de patentes brasileiras ainda é baixo. Essa é uma das conclusões do livro Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil, lançado pela editora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Os números revelam que, de 1981 a 2000, a quantidade de artigos científicos publicados por autores nacionais subiu 400%, passando de 1.889 para 9.511. No mesmo período, a participação do País na produção científica mundial passou de 0,44% para 1,44%. Apesar da evolução da produção científica nacional, em 2000 foram registradas apenas 98 patentes brasileiras nos Estados Unidos, enquanto que a Coréia do Sul, que tem uma produção científica equivalente à brasileira, registrou 3,3 mil. Por outro lado, o livro publicado pela Unicamp revela alguns indicadores animadores, como a divulgação, pela primeira vez no País, de uma estimativa sobre recursos humanos brasileiros em C&T, realizada de acordo com o Manual de Canberra, uma metodologia internacionalmente utilizada para esse tipo de pesquisa. Segundo o estudo, esse número foi estimado em 12,5 milhões de pessoas em 1999, um montante superior ao dos quinze países da União Européia, tomados individualmente, com exceção da Alemanha.
Patentes brasileiras em baixa
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