A notícia de que a Microsoft e o Yahoo! irão compartilhar a rede de seus comunicadores de mensagens instantâneas para que os usuários dos dois programas possam conversar entre si colocou o mercado de tecnologia em polvorosa há algumas semanas. Embora a parceria tenha sido anunciada como uma resposta a uma antiga reivindicação dos usuários, especialistas no assunto viram na jogada uma estratégia para fazer frente a outras duas empresas que também atuam no segmento, mais especificamente a America Online (AOL) e o Google.

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De acordo com as análises, a intenção dos dois portais é diminuir a vantagem do AIM, comunicador da AOL e atual líder no mercado norte-americano, para o segundo e terceiro colocado – respectivamente, o MSN Messenger e o Yahoo! Messenger. Já em relação ao Google, a estratégia seria barrar o crescimento do seu recém lançado serviço de mensagens instantâneas, o Google Talk. Mesmo não tendo decolado, o programa é visto como um forte concorrente às duas empresas, pois oferece um eficiente sistema de comunicação de voz sobre IP (VoIP).

Um dia depois de a parceria entre Yahoo! e Microsoft ser anunciada (em outubro), o jornal norte-americano "The Wall Street Journal" revelou que o Google negocia tornar-se sócio minoritário da AOL. Recentemente, a Microsoft esboçou uma aproximação parecida, mas não obteve sucesso.

Para o diretor-executivo do Ibope Inteligência, Marcelo Coutinho o que está em jogo é a criação de um novo padrão para a comunicação via IP. A idéia é que num futuro não muito distante as pessoas poderão conversar com usuários de diferentes comunicadores sem restrições, a exemplo do que acontece com as operadoras de telefonia celular. As parcerias, explica Coutinho, são uma forma de conseguir um maior volume de usuários e conseqüentemente determinar que padrão será adotado.

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E por que tanto assédio à AOL? "A AOL é forte nos EUA, e o que se torna padrão lá acaba virando padrão no resto do mundo", disse. De acordo com o diretor do MSN para o Brasil e América Latina, Osvaldo Barbosa de Oliveira, a integração permitirá, inicialmente, a troca de mensagens de texto, o envio e recebimento de emoticons e a identificação dos usuários que estão online. "A idéia de falar com diferentes redes é uma reivindicação antiga dos usuários. Vínhamos trabalhando para solucionar alguns pontos problemáticos, como a questão da segurança, e agora estamos em condição de concretizar o acordo", disse, afastando qualquer especulação sobre interesses estratégicos.

Ainda segundo Oliveira, outras funcionalidades deverão ser disponibilizadas num segundo momento. A principal delas será a possibilidade de realização de chamadas de voz entre os usuários do dois programas. A integração dos sistemas deverá estar pronta no segundo trimestre de 2006.

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Diretório de podcasts do Yahoo! é dos mais completos

Guilherme Werneck

Nessa competição para agregar mais e mais serviços de internet, o Yahoo! acordou para o fenômeno dos podcasts e lançou um diretório para encontrar e assinar esses arquivos de áudio que têm se disseminado na web.

Os podcasts surgiram há cerca de um ano e são, basicamente, arquivos em MP3 que se assemelham a programas de rádio e podem ser baixados da internet usando a tecnologia RSS, que "avisa" quando há um novo episódio colocado na rede e permite que ele seja baixado para o computador. O diretório do Yahoo (http://podcasts.yahoo.com) é bastante completo e cobre boa parte do que existe de podcasts.

Desde o começo do ano, tenho acompanhado a movimentação dos podcasts e, até agora, o diretório do Yahoo é um dos mais completos que vi.

Por meio dele é possível pesquisar podcasts e episódios por palavra-chave e por categorias como artes, rádio, comida, negócios, música, esportes, educação, notícias, política, economia, tecnologia, humor, etc.

Depois de achar os podcasts você pode assiná-lo para receber atualizações sempre que o podcaster (quem faz podcasts) colocar um programa novo no ar. Para isso é preciso ter uma conta no Yahoo, que pode ser criada no site www.yahoo.com.br.

Também é possível ouvir os programas para ver se vale ou não a pena assiná-los.

Uma opção muito boa é a possibilidade de editar tags (etiquetas) nos podcasts e nos diferentes episódios. São palavras-chave que facilitam a busca. Essas tags podem ser editadas por qualquer pessoa e não apenas pelo podcaster. Quem tiver disposição também pode escrever resenhas e fazer avaliações.