País pode ter 10 milhões de usuários de banda larga até 2010

São Paulo – A Cisco Systems do Brasil e o International Data Corporation (IDC Brasil) lançaram hoje (16) uma análise sobre o mercado brasileiro de banda larga, projetando 10 milhões de conexões em operação ao final de 2010. No encerramento do ano passado, o País contava com pouco mais de 3,5 milhões de acessos de internet em alta velocidade, o equivalente a uma penetração de 1,9%.

O presidente da Cisco do Brasil, Rafael Steinhauser, afirmou que o objetivo com a pesquisa é criar uma rotina de acompanhamento deste mercado e também um fórum de discussões envolvendo fornecedores, operadores e governos. O executivo disse que haverá um acompanhamento trimestral do mercado brasileiro de banda larga, com o anúncio dos indicadores nacionais. Este acompanhamento será chamado de "Barômetro Cisco de Banda Larga".

A pesquisa conclui que o Brasil ainda está em um estágio inicial de maturidade deste mercado, pois a penetração de banda larga é uma das mais baixas da América Latina. Na Argentina, este indicador é de 2% e no Chile, de 4%. Nos Estados Unidos, as taxas alcançam 14,5% e, na Coréia do Sul, 26,2%.

Entretanto, o País registrou nos últimos anos um forte avanço, com um crescimento acumulado superior a 700% entre 2001 e 2004. Um dos principais fatores para a expansão deste mercado foi a queda nos preços das conexões. A redução no custo para o usuário vem ocorrendo sistematicamente, como conseqüência do aumento da concorrência entre os provedores e do ganho de escala na infra-estrutura.

Além do aumento nas conexões, houve também uma melhoria significativa nas velocidades de acesso contratadas. Em 2003, 49% da base de banda larga do País utilizava entre 128 kbps a 256 kbps e 44,2% usava soluções com 256 kbps a 512 kbps. Ao final do ano passado, esses porcentuais mudaram, respectivamente para 23,1% e 54,4%. Neste mesmo intervalo, a fatia de usuários que possuía conexão entre 512 kbps a 1 Mbps passou de 6,2% para 20,6%.

Para os próximos anos, a Cisco e o IDC acreditam que a oferta de telefonia IP, residencial e corporativa, será um dos principais estímulos para o crescimento da banda larga, além das ofertas de vídeo sob demanda. Segundo o levantamento, ao final de 2005 17% dos provedores ofereciam vídeo sob demanda e 33%, VoIP. A projeção para 2006 é de que esses porcentuais alcancem 46% e 67%, respectivamente, atingindo 58% e 75% em 2007.

Steinhauser destacou, em coletiva de imprensa, que o avanço da banda larga é de grande importância para o aumento da competitividade global do País, assim como da melhoria nas condições econômicas e no aumento do Produto Interno Bruto (PIB) per capita. O executivo explicou que há uma forte correlação do perfil econômico dos países com a maturidade de sua infra-estrutura tecnológica. Por isso, a Cisco defende que seja ampliada a disponibilização e a penetração da banda larga no País. Steinhauser disse que a ampliação do acesso de alta velocidade à internet pode melhorar a educação e a saúde, trazer mais segurança e empresas mais competitivas e um Estado mais eficiente.

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