Bali (Indonésia) – Na 13ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-13), em Bali, na Indonésia, enquanto os negociadores ocupam as salas e plenários em reuniões oficiais e grupos de trabalho, as organizações não-governamentais (ONGs) se movimentam pelos corredores, nos estandes montados para distribuição de material, nos eventos paralelos e em protestos marcando posição e pressionando.

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A participação dessas organizações em eventos como a COP-13 faz parte do processo das Nações Unidas, que os inclui como observadores das negociações e do andamento dos trabalhos.

"O papel da sociedade civil é tentar manter as coisas nos trilhos. É estar aqui como testemunhas oculares para lembrar aos países que estão negociando textos ou papéis que as conseqüências são planetárias", disse Marcello Furtado, coordenador de campanhas do Greenpeace.

De acordo com Furtado, a integração entre ONGs e a comunidade científica também dá a chance para que as entidades colaborem tecnicamente nas negociações. Diariamente, estudos e revisões científicas de temas relacionados às mudanças climáticas são apresentados em eventos paralelos aos encontros oficiais.

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"Parte do nosso papel é trocar informações, fazer propostas positivas com pontos que podem estar bloqueados na agenda e também promover de uma maneira informal um outro tipo de visão para os governos", acrescenta Karen Suassuna, da ONG WWF.

Entre os protestos, como a instalação de um termômetro gigante para alertar sobre o aumento da temperatura da terra e de ursos polares derretendo com o calor ou o protótipo de um táxi solar – que, segundo a organização, foi da Suíça até Bali em uma viagem inaugural ? os manifestantes usam o bom humor e a ironia para chamar a atenção dos delegados dos países participantes da reunião.

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A presença das ONGs também se dá de forma irreverente, como o prêmio Fóssil do Dia, entregue diariamente pela rede  Climate Action Network para homenagear as delegações que, do ponto de vista das organizações, estão bloqueando as negociações.

Ontem (7), quem levou o troféu – um saco de carvão – foi o Canadá, que se recusou a assumir metas de redução de gases de efeito estufa após o fim do primeiro período de compromisso do Protocolo de Quioto.