Os museus italianos utilizarão em breve a "barreira de ar", um novo tipo de ventilação que protegerá as obras de arte que abrigam. Essa invenção impedirá que o pó que os visitantes trazem de fora prejudique as estátuas e pinturas expostas nos museus. A "barreira de ar" foi criada pela Citera, um órgão ligado à faculdade de arquitetura de Valle Giulia, de Roma, que descobriu que a estátua de Davi, de Michelangelo, visitada por 5 mil pessoas por dia, já continha uma fina camada de pó, apenas seis meses depois de ter sido limpa. Após descartar a idéia de submeter a limpezas periódicas a célebre estátua, esculpida por Michelangelo entre 1501 e 1504, as autoridades do Museu de Florença decidiram encomendar um estudo à Citera. O trabalho realizado pelo órgão determinou que a sujeira se devia ao pó que os turistas traziam e que os condicionadores de ar, mal orientados, lançavam esse pó não apenas sobre o Davi, mas também sobre as quatro estátuas inacabadas de Michelangelo para o mausoléu do papa Júlio II. Os museus italianos, os maiores depositários de obras de arte do mundo inteiro, recebem por ano a visita de 16 milhões de pessoas que vêm admirar os tesouros de Roma, Florença, Veneza, Nápoles e Milão. O primeiro que experimentará esse novo tipo de ventilação será justamente o Davi, que com um gasto mínimo exibirá durante séculos a brancura do mármore de Carrara no qual Michelangelo o esculpiu há cinco séculos.
Obras protegidas
2 minutos de leitura
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna