Um grupo científico do Instituto Forsyth descobriu uma nova ligação entre a bactéria oral e a obesidade. Em um estudo recente, os pesquisadores demonstraram que a composição da bactéria salival em mulheres acima do peso é diferente das mulheres com peso normal. Esse trabalho inicial pode proporcionar indícios das interações entre bactéria oral e a obesidade patológica. A pesquisa poderá ajudar aos investigadores descobrirem novos meios de lutar contra a epidemia de obesidade.
O trabalho será publicado no Journal of Dental Research. “Está tendo uma explosão de obesidade mundial com vários fatores contribuindo”, disse Dr. J. Max Goodson, autor sênior do estudo. Segundo Goodson, a inflamação natural da doença é também identificável. Isso direcionou a uma pergunta desconhecida poderosa que contribue na causa da obesidade: Poderia a epidemia envolver um agente infeccioso? “É excitante de imaginar as possibilidades se uma bactéria oral está contribuindo em alguns tipos de obesidade”, completa.
O Estudo
Para calcular a quantidade de bactérias salivares, foram recolhidas amostras de 313 mulheres consideradas obesas. Analisando o DNA, os pesquisadores mediram o as bactérias no grupo e compararam com dados já existentes de 232 indivíduos que não estavam acima do peso. Houve uma diferença sifnificativa em sete das 40 espécies das bactérias salivares estudadas nas voluntárias do grupo obeso.
Mais de 98% das mulheres obesas puderam ser identificadas por uma presença de uma espécie de bactéria única, chamada Selemonas noxia. Ao que tudo indica, essa bactéria serviria como um indicador de uma condição desenvolvida para o sobrepeso, e possivelmente seria relativa à causa subjacente.
Dr. Goodson notou que as razões para a relação entre obesidade e bactéria oral são complexas. A relação observada pode ser circunstancial, ligada a dieta, ou oportunista, devido a mudanças de metabolismo. Na próxima fase da pesquisa, Goodson planeja examinar essa relação e conduzirá um grupo controlado para o estudo a fim de analisar se as observações podem ser reproduzidas. Além disso, ele espera acompanhar estudos longitudinais em crianças para ver se existe relação da infecção oral e o ganho de peso.