O Centro Nacional para Pesquisas Atmosféricas (NCAR), dos Estados Unidos, está colocando em funcionamento a nova versão de um sistema para modelar o clima terrestre e projetar o aumento da temperatura global para o próximo século. Os resultados serão utilizados pelo Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas, montado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep) para aconselhar tomadores de decisão a respeito dos impactos promovidos pelas mudanças climáticas. O sistema, conhecido como CCSM3 (de Community Climate System Model, versão 3), indicou, ainda na fase de testes, que as temperaturas globais estão subindo mais do que a versão anterior havia previsto. A situação pode piorar se os países continuarem a emitir grandes quantidades de dióxido de carbono na atmosfera, segundo comunicado da National Science Foundation (NSF). O CCSM3 mostrou que as temperaturas poderão aumentar em 2,6 graus Celsius em um cenário hipotético, no qual os níveis atmosféricos de dióxido de carbono dobrassem. A versão anterior, o CCSM2, havia calculado o aumento em tal situação em 2 graus Celsius. “O novo modelo permite uma melhor precisão das simulação de processos atmosféricos, oceânicos e terrestres”, disse William Collins, líder do desenvolvimento do sistema na NCAR. “Na fase de testes ele esteve excelente ao reproduzir o clima do último século e agora vamos partir para o estudo do clima nos próximos cem anos.” Além de simular a temperatura para o próximo século, os pesquisadores continuarão usando o novo sistema para estudar padrões climáticos do passado, como o auge da última glaciação, há cerca de 21 mil anos.
O clima terrestre para o próximo século
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