Um mercado mais maduro. Assim o diretor de vendas da Nokia no Brasil, Marcus Daniel de Souza Machado, analisa a possibilidade de crescimento de vendas de celulares no Brasil. ?Chegamos a um ponto onde as fabricantes de aparelhos no País já podem trabalhar com segmentos diferenciados?, explica. O executivo revela que a média de tempo de troca de aparelhos pelo brasileiro tem caído, chegando aos atuais 2,4 anos. ?Mundialmente, a Nokia faz um lançamento a cada 12 dias e muitas dessas novidades podem ser encontradas simultaneamente no Brasil?. A marca finlandesa tem a maior fatia do mercado mundial, tendo fechado o primeiro trimestre de 2006 com 35% na participação das vendas ao redor do globo.
E é exatamente essa troca constante de aparelhos o que move a engrenagem de vendas das fabricantes. ?O Brasil atingiu em março a marca de 88 milhões de celulares. Mas o que nos interessa é que, apesar desse número bem expressivo, a densidade (número de celulares por habitantes) de penetração é 47,47%. Isso significa que 4,7 brasileiros em cada 10 têm um telefone móvel, dando margem para um bom crescimento ainda?, diz Machado. O executivo explica que o crescimento de vendas de aparelhos cada vez mais sofisticados no Brasil se deve a uma relação entre Produto Interno Bruto (PIB) – que vem se elevando – e a condições econômicas favoráveis. ?É difícil prever qual é a penetração que o Brasil suporta. Tudo depende do crescimento da economia?.
Segundo o executivo, no Paraná a penetração beira os 49% e ainda é relativamente baixa se comparada com outros estados brasileiros no mesmo nível de desenvolvimento, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde o número ultrapassa os 55%. ?Mas justamente por isso o cenário paranaense é interessante, pois guarda espaço para crescimento e tem uma população com poder econômico elevado?, pondera.
Outros números mostram mesmo que o negócio da telefonia celular vai bem das pernas no Brasil. A receita das operadoras de telefonia celular cresceu 21% no ano passado, chegando à espantosa cifra de R$ 43 bilhões. O curioso é que quase 80% do mercado é de telefones pré-pagos, que não utilizam a maioria dos serviços que as operadoras disponibilizam, como transmissão de dados e downloads de conteúdos, por exemplo.
"É aí que entra o trabalho de segmentação. A maioria dos donos de celulares no Brasil hoje já teve mais de um aparelho e sabe que tipo de produtos está procurando?, explica Machado.
Lançamentos em Curitiba
A empresa escolheu a capital paranaense para anunciar seus mais recentes lançamentos – os modelos 2865, 2855, 6165 e 6175i, que de acordo com o diretor de vendas, Marcus Daniel de Souza Machado, se deve ao fato da forte presença da marca no Paraná, assim como em toda a região Sul. Os modelos apresentados na semana passada, que apostam na segmentação anunciada por Machado, só estarão a disposição dos consumidores à partir do segundo semestre, quando as vendas de celulares crescem por conta do Dia dos Pais e do Natal.
?Os lançamentos contemplam desde o público corporativo – com novidades como o push-to-talk, que funciona como uma espécie de walk-talk -, até o público jovem – que tem à disposição câmeras digitais com grande resolução e possibilidade de ouvir mp3 nos aparelhos?, diz. Todos os lançamentos apresentados são para o sistema CDMA, operado no Paraná pela Vivo. O principal destaque da marca é o 6265. É o primeiro aparelho da marca a apresentar câmera digital de 2 megapixel. O modelo – que conta com memória interna de 24MB, além de um cartão de 256MB de expansão – permite ainda o download de jogos em 3D, vídeos e MP3. Os preços ainda não foram definidos.
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