Os segredos do planeta vermelho
Marte sempre povoou o imaginário popular. E nessa empreitada o cinema e a literatura de ficção-científica tiveram importante papel. Desde os primórdios da cinematografia e da literatura, incluindo aí as histórias-em-quadrinhos, os pobres marcianos, verdinhos, mal-encarados e perigosos, foram eleitos os inimigos nº 1 dos terráqueos. Assim foi na obra de H. G. Wells, na produção de Ray Bradbury, nas primeiras aventuras espaciais de Buck Rogers e Brick Bradford, no seriado “Marte Invade a Terra”, no filme “Guerra dos Mundos”, baseado em Wells, e na famosa radiofonização de Orson Welles, que colocou Nova York em pânico, no início do século passado.
Contudo, Marte é apenas um pequeno planeta da Constelação do Sol, o quarto, depois de Mercúrio, Vênus e Terra, do qual dista 56 milhões de quilômetros. É um mundo frio e, segundo os cientistas, desolado. Seu diâmetro é de apenas 6.800 km (a Terra tem 12,700 km) e o seu período de translação em torno do Sol é de 687 dias.
Há motivos reais, no entanto, para uma série de interrogações em torno desse nosso vizinho de cor avermelhada e aparência misteriosa. Sobretudo depois que sondas americanas e russas fizeram o mapeamento de parte do planeta e chegaram a pousar na superfície marciana, como vimos na semana passada.
Primeiros sinais
Foi em 1877 que o astrônomo italiano Giovanni Schiaparelli identificou uma série de riscos retilíneos no solo de Marte, aos quais denominou “canali” ou “estrias” ou “sulcos”. Desde então, o planeta passou a atrair as atenções gerais. Ainda assim, os cientistas consideravam cada vez mais tênue a possibilidade de vida (e muito menos vida inteligente) num mundo inóspito, com uma atmosfera dominada por dióxido de carbono, gás tóxico para o ser humano (da Terra). E isso pareceu confirmar-se quase um século depois, em 1965, quando a sonda norte-americana Mariner 4 sobrevoou o planeta pela primeira vez.
Porém, quando as sondas Viking 1 e Viking 2, também americanas, fizeram o primeiro pouso na superfície de Marte, algo começou a mudar. Ao analisarem o solo e a própria composição da atmosfera marciana, descobriram indícios de já ter havido rios ali e levantaram a hipótese de ainda existir água debaixo da superfície. E outras surpresas estavam reservadas para os cépticos, como prováveis construções em ruínas. Na região denominada Tarsis, observou-se longas linhas brancas, formando desenhos geométricos parecidos com os existentes na planície de Nazca, no Peru, com quilômetros de comprimento.
Na região de Elísium, zona equatorial de Marte, foram fotografadas outras estruturas gigantescas, como uma pirâmide de três lados, com cerca de um quilômetro de altura. Em Vale Kasel, avistou-se o leito de um antigo rio, com uma série de canais periféricos, similares a um sistema de irrigação artificial. Em Utopia, há uma montanha com um dos lados inteiramente reto, como se houvesse sido cortada.
Rosto de Cydônia
As descobertas mais incríveis e enigmáticas, todavia, ocorreram na região de Cydônia, no hemisfério setentrional marciano. Ali, além de imagens de construções em forma de “terraços”, bastante semelhantes aos dos incas, em Machu Pichu, foi fotografada a imagem de um imenso rosto humano, de olhar fixo para o ar, com cerca de 2000 metros de diâmetro e mais de 500 metros de altura, que, segundo os pesquisadores descompromissados, teria sido moldado artificialmente, como a Esfinge do Egito.
A Nasa, de imediato, procurou desqualificar o achado, sugerindo tratar-se de mera “ilusão de ótica”, provocada por luzes e sombras. A tese foi refutada por pesquisadores sérios, como os engenheiros eletrônicos Vincent Di Pietro e Gregory Molenaar, mais tarde apoiados por Mark J. Carlotto, da Analytic Sciences Corporation, que desenvolveu um modelo tridimensional do rosto marciano e descobriu que ele prescindia do ângulo de incidência da luz solar. Isto é, fosse qual fosse a angulação da luminosidade, lá estaria ele, com o mesmo formato e sem distorções.
A artificialidade da máscara é também defendida por Richard Hoagland, presidente do grupo Mars Mission. Além do que, em torno do rosto de Cydônia foram identificadas ainda seis construções piramidais.
Geometria tetraédrica
Richard Hoagland descobriu que a estrutura mais importante do conjunto não era a face, mas uma pirâmide pentagonal com um eixo de simetria bilateral na direção do rosto, que teria sido construída segundo as divisões áureas empregadas por Leonardo Da Vinci no conhecido desenho do homem dentro do círculo, e que os ângulos, as distâncias e as constantes matemáticas encontradas na pirâmide são as mesmas existentes em toda a região de Cydônia.
Destaque-se que essa geometria, que Hoagland definiu como “tetraédrica” é a mesma encontrada nos célebres círculos ingleses, que costumam surgir, misteriosamente, nas plantações de grãos do sudoeste da Inglaterra.
Sombra misteriosa
A tarefa principal das sondas Phobos 1 e 2, enviadas a Marte pela antiga União Soviética, em 1988, era fotografar a superfície marciana e, em seguida, prosseguir viagem a Phobos, uma das duas luas do planeta. A primeira sonda saiu logo do controle da base da Terra, cessando a transmissão. Mas Phobos 2 chegou a Marte em 1989, posicionando-se em órbita paralela com a lua marciana.
Em março daquele ano, começaram a surgir problemas de comunicação com a sonda. Cientistas americanos e europeus, associados ao programa soviético, foram, então, cientificados por canais não oficiais da verdadeira natureza dos problemas: algo estava impedindo o contato da sonda com o controle da missão na Terra. A notícia foi transmitida por um jornal espanhol, segundo o qual, a televisão russa revelara que a sonda espacial, antes de interromper definitivamente suas transmissões, havia fotografado um objeto não identificado sobre a superfície do planeta. Especialistas contatados pela emissora definiram como inexplicável a última foto transmitida por Phobos 2, na qual se via claramente uma sutil elipse, um fenômeno que não poderia ser ilusão ótica, porque foi fotografado com a mesma clareza tanto por objetivas coloridas quanto por infravermelhas.
Segundo o dr. John Becktake, do Museu Científico Britânico, a sombra somente poderia pertencer a algo colocado entre a sonda soviética em órbita e o planeta, já que era possível vê-la sobre a superfície:
? Os soviéticos viram alguma coisa que não deveria estar ali, mas ainda falta mostrarem a última fotografia feita pela Phobos 2.
Efeito abertura
O desfecho foi dado em junho de 1990, pela piloto de caças e candidata a cosmonauta Marina Poppovich, após o processo de abertura sofrido pela ex-União Soviética. Em uma conferência na Alemanha, Marina surpreendeu os pesquisadores internacionais, confirmando a existência do primeiro indício sério da presença de uma nave-mãe extraterrestre estacionada em nosso sistema solar. Ela exibiu aos presentes duas fotos, as derradeiras imagens obtidas pela sonda Phobos 2 antes de interromper suas transmissões. Nas fotos aparecem a lua marciana Phobos ao fundo e, em primeiro plano, algo de forma alongada, com a aparência de uma aeronave cilíndrica e gigantesca, com mais de 20 km de extensão e cerca de 1,5 km de diâmetro. A sonda soviética fez essas fotografias em 25 de março de 1989. E depois desapareceu misteriosamente.
Phobos sempre intrigou os cientistas por suas características peculiares. Uma delas: ao contrário de todos os demais satélites do nosso sistema solar, a lua gira em torno de Marte com surpreendente velocidade, quase igual à do planeta. Além disso, a luz que produz é muito forte e brilhante para ser mero reflexo de material rochoso. Isso tem levado alguns pesquisadores a supor que se trata de um corpo celeste artificial, como afirma o físico I. S. Shklovsky:
? Um corpo cósmico pode ser oco? Tal suposição parece absolutamente descartável. Por isso, só podemos concluir que Phobos seja de origem artificial.
Acobertamento oficial
Desde as primeiras revelações da superfície do planeta Marte, a agência espacial norte-americana tem procurado desviar a atenção dos pesquisadores, dos órgãos de informação e do público em geral, num processo constante e incansável de acobertamento e dissimulação. Se especialistas detectam algo estranho ou curioso em uma imagem divulgada pela agência, ela é retirada imediatamente da internet. E as formas piramidais ou de possíveis edificações em ruínas, assim como o “rosto de Cydônia” continuam sendo explicados como “distorções visuais causadas pelos efeitos de luzes e sombras”.
Para Richard Hoagland, a manipulação das autoridades espaciais norte-americanas é concreta, mas contraditória. “Elas afirmam que a face marciana e as demais formações da região de Cydônia são apenas o resultado da geologia natural e da erosão, sem nenhum sinal de artificialidade, mas não explicam como aquelas formações geológicos podem ter perfeita simetria, precisão nas bordas e traços lineares no cume” – desafia ele. Tampouco as sondas da missão Mars Global Surveyor foram capazes de colocar um ponto final na polêmica.
Agora, essa tarefa está a cargo da Mars Exploration Rovers e no jipê-robô Spirit, que se encontram em órbita e na superfície marciana desde o último dia 4, e do robozinho Opportunity, irmão gêmeo de Spirit, que deverá chegar a Marte do próximo dia 25. Isso se a sonda orbital e os módulos não interromperem, uma vez mais, abruptamente, o contato com a base de controle na Terra, confirmando a assertiva do pesquisador e estudioso mexicano Jaime Maussan, produtor da série televisiva Programas de Investigaciones, de que “Marte é um autêntico cemitério de missões perdidas”.
O que se esconde na superfície marciana?
Os interessados em aprofundar a pesquisa sobre os mistérios do planeta Marte, além da literatura existente sobre o tema – que é mínima, restringindo-se quase que às revistas especializadas, como UFO, a melhor e mais respeitada publicação brasileira de ufologia, editada pelo Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores – CBPDV, através da Mythos Editora -, poderão valer-se de dois documentários em VHS, de boa qualidade técnica e legendados em português, integrantes da Videoteca UFO, também organizada pelo editor e ufólogo A. J. Gevard: Mistério do Planeta Vermelho (cód. VD-06) e As Civilizações Extintas de Marte (cod. VD-32). O primeiro, com 1:15h de duração, produzido pela equipe do jornalista Jaime Maussan (México, 1996), reúne os melhores momentos da polêmica causada pelas fotos das sondas americanas e oferece um criterioso apanhado de informações sobre as misteriosas estruturas flagradas no solo marciano. Preço: R$ 38,80. O segundo é um lançamento mais recente, enfocando a polêmica da existência de civilizações avançadas em Marte, o que as teria dizimado e para onde foram os eventuais sobreviventes. É totalmente baseado em descobertas da Nasa e surpreende pelas provas reunidas. A produção é de Charles Adams, de Living UFO Productions. Tem duração de 47 minutos e custa R$ 42,60. Os pedidos podem ser feitos através da Caixa Postal 2182, Campo Grande, MS (CEP 79008-970); pelo tel. (0..67) 341-5445 ou via internet:
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