Contar mentiras demora mais do que dizer a verdade – é o que diz uma pesquisa publicada no jornal The Times de Londres. De acordo com os resultados, as pessoas chegam a demorar até 30% a mais para mentir.
O novo método de detecção de mentiras usado na pesquisa foi desenvolvido por Aiden Gregg, um psicólogo da Universidade de Southampton. A análise é feita por uma série de perguntas que são respondidas em um computador, através do teclado. Respondidos os questionamentos, o programa emite um algoritmo que indica como a pessoa submetida ao teste se “comportou”.
O resultado foi espantoso: em 85% dos casos, o entrevistado respondeu mais lentamente quando mentiu. Tendo em vista o sucesso de sua pesquisa, Gregg estima que seu detector de mentiras logo poderá ser usado para substituir aparelhos antigos e menos precisos.
O método mais tradicional de detecção de mentiras, o polígrafo, sempre causou polêmica por ser muito subjetivo. O aparelho analisa questões fisiológicas relacionadas com o ato de mentir, como dedos suados ou a aceleração dos batimentos cardíacos. No entanto, essas condições podem ser provocadas pelo puro nervosismo de uma pessoa diante de condições tão intimidadoras.
Testes realizados com polígrafos pela Academia Nacional de Ciências dos EUA, em 2002, concluíram que o aparelho pode detectar mentiras de uma forma mais efetiva, porém, está longe da perfeição em acusar balelas.