Passar a noite se cobrindo e se descobrindo, sem nunca encontrar o nível de aquecimento mais confortável, é parte do cotidiano de praticamente todos os seres humanos que dormem – ou melhor, que tentam dormir. Mas, segundo o médico brasileiro Márcio Abreu, os dias de inferno escaldante no verão ou frio congelante no inverno estão contados. O pesquisador, que trabalha na Universidade Yale, EUA, desenvolveu um sistema capaz de medir a temperatura do cérebro de um indivíduo em tempo real. Mas não se preocupe: Abreu não vai querer enfiar uma agulha na sua cabeça ou alguma coisa do tipo. Abreu faz uso de uma região, identificada por ele, que oferece uma ligação direta com o cérebro. É uma área no canto de cada um dos olhos, denominada “túnel de temperatura cerebral”. É possível manter um adesivo ali ou mesmo instalar um sensor em óculos, para obter a medição. Um transmissor enviaria então esses dados para um computador, para ele tomar as medidas cabíveis – que podem ser as mais variadas. “Por exemplo, em automóveis, seria possível que o controle de temperatura da cabine do veículo fosse feito automaticamente, regulando o ar quente ou o ar condicionado”, afirma Abreu. “Isso poderia render uma economia de 5% a 10% em combustível.”

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