As manchas na superfície solar se incrementaram nos últimos 70 anos, segundo um estudo publicado na Grã-Bretanha.
A descoberta, feita por especialistas do Instituto Max-Planck (Alemanha) e da Queen?s University de Belfast (Irlanda do Norte), que foi publicada na revista Nature, indicou que as manchas solares não aumentaram só em intensidade, mas também em período de duração, nos últimos 70 anos. Os pesquisadores conseguiram reconstruir o histórico da atividade solar por mais de 11 mil anos, ao estudar uma forma de carbono. As manchas solares aumentaram o fluxo de partículas carregadas que se desprendem do Sol rumo à Terra. Essas partículas deflectem os raios cósmicos que normalmente bombardeiam a atmosfera terrestre. As reações desse "bombardeio" geram um isótopo de carbono-14. Por essa razão, quando as árvores absorvem o carbono, indiretamente levam consigo um histórico do que ocorre no Sol. O principal autor do estudo, o alemão Sami Solanki, disse que devido à precisão do modelo "pudemos comprovar que as manchas solares aumentaram perigosamente nos últimos 70 anos". "Determinamos, por exemplo, que no século XVII praticamente não havia manchas solares", explicou o cientista, que considerou essas manchas um dos fatores para o chamado efeito estufa. O histórico obtido permitirá agora registrar e analisar efeitos solares de longo prazo no clima terrestre e nas mudanças da atividade magnética do Sol.