Cientistas do Canadá e dos Estados Unidos marcaram um ponto importante no desenvolvimento de um medicamento para aumentar o interesse sexual em mulheres. Uma substância que funciona como a cópia de um hormônio que atua no sistema nervoso central revelou-se altamente eficaz em testes realizados com camundongos. A pesquisa está saindo com destaque na edição desta semana da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). De acordo com o artigo, que tem como primeiro autor o canadense James Pfaus, do Centro para Estudos em Neurobiologia Comportamental da Universidade Concórdia, em Montreal, o aumento no apetite sexual de fêmeas de camundongo foi verificado após a ingestão do medicamento PT-141. Segundo os autores, estima-se que as disfunções sexuais atinjam 30% das mulheres na América do Norte e na Europa. Não há, entretanto, tratamentos medicamentosos para o problema. A grande maioria das pesquisas anteriores no tema deu preferência ao público masculino. A PT-141, desenvolvida pela Universidade Concordia e pela Palatin Technologies, é análoga ao hormônio pituitário alfa-MSH e atua em proteínas conhecidas como receptores de melanocortina, que se localizam no cérebro. A nova droga também está sendo testada para tratamentos da impotência masculina. Após terem colocado fêmeas de camundongo junto com machos, cada casal em uma câmara, os cientistas procuraram por comportamentos que indicassem a solicitação de contato sexual. De acordo com os autores, o tratamento com o PT-141 aumentou de três a cinco vezes as solicitações sexuais por parte das fêmeas, em comparação com o contato sem o uso do medicamento. O aumento verificado no interesse sexual não foi acompanhado por uma elevação geral na atividade comportamental.
Mais apetite sexual
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