O maior navio de cruzeiros do mundo, chamado Oasis of the Seas (Oásis dos Mares, em tradução livre) na atualidade fará sua primeira viagem transatlântica, saindo da Finlândia até chegar à Flórida, nos Estados Unidos. O navio tem 20 andares e um comprimento equivalente a quatro campos de futebol. Além disso, ele pode carregar até 4500 pessoas em quase 360 metros de comprimento do cruzeiro. Em comparação, o famoso Titanic tinha 269 metros de comprimento e pesada cerca de 58 mil toneladas – contra 100 mil toneladas do Oasis of the Seas.
Embora seu tamanho seja colossal, o navio segue os mesmos princípios que qualquer outro para manter-se na água. Para flutuar, um barco ou navio deslocam uma quantidade de água, um fenômeno chamado de empuxo. “Como em qualquer outra embarcação: ela tem que deslocar uma quantidade de água igual ao seu peso para flutuar”, explica Matthew Collette, professor de Arquitetura Naval e Engenharia Marinha da Universidade de Michigan (EUA).
Para que a quantidade necessária de água seja descolada e para que o navio fique estável, os designers criaram o navio com um casco largo. “Ele tem 66 metros de extensão”, afirma Collette. De acordo com o especialista, apenas 9 metros do navio ficam embaixo da água – uma pequena porcentagem do seu tamanho total.
Sol e água fresca
Cruzeiros como o Oasis of the Seas tentam se manter em um curso marítimo com um bom clima, e mudam sua escala para evitar grandes tempestades e furacões, segundo Collette. Porém, isso não quer dizer que mares mais agitados estão fora de cogitação.
“É difícil saber com certeza como este navio vai se comportar, mas navios baixos tendem a ser tão estáveis que ficam inclinados após uma grande onda, o que pode ser desconfortável para os passageiros”, afirma o especialista, que completa: “O tamanho completo deste navio irá ajudar, pois os maiores barcos costumam ser melhores durante o mau tempo”.
Além dos cuidados para que o conforto do enorme navio seja maior que o normal, o Oasis of the Seas conta com um design especial – mas ainda pode ter problemas. “O desafio do navio é toda a sua estrutura exterior, que pode sofrer problemas durante furacões, mas a ideia básica de cruzeiros manda fugir deles”, diz Paul Miller, do departamento de Engenharia Marítima da Marinha estadunidense.
Quanto a problemas já enfrentados por outros navios, como icebergs e outras colisões, o engenheiro se mostra confiante. “O navio é maior e deve conseguir suportar mais danos que um menor”, diz Miller. “Entretanto, como ele é maior, tem mais energia cinética para dissipar caso se envolva em uma colisão, o que significa que ele poderia sofrer maiores danos”, completa.
Com o gigantesco tamanho e estrutura do navio, a pergunta que fica é: devemos esperar um navio ainda maior logo? “Já que a economia esfriou desde que o contrato deste navio foi assinado, não acho que algum outro vá concorrer contra ele pelo recorde pelos próximos três ou quatro anos”, afirma Collette.
Fonte: Como funciona o maior navio do mundo?