Que tal rodar o mundo jogando videogame e ainda receber salário para isso? Essa é a realidade de alguns gamers profissionais, ou pro-gamers, como são conhecidos. Alguns deles estiveram em Curitiba, no final de semana passada, para disputar uma das etapas classificatórias do World Cyber Games (WCG) Brasil, realizado dentro da feira Planeta Digital, e na Lan House Venom Network. Na etapa, foram disputadas as modalidades Fifa 2008, Need For Speed: Pro Street e Half Life: Counter-Strike 1.6.

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O paulista André “Scorpion” Buffo, de 17 anos, é um exemplo de pro-gamer. Morador de Laranjal Paulista, a 175 quilômetros de São Paulo, veio a Curitiba apenas para disputar a seletiva de Fifa 2008 para a final nacional do WCG. Acabou como um dos dois classificados, junto com o também paulista Matheus “Mathjke” Souto.

Apesar da idade, o currículo de Buffo é invejável: competindo desde 2006, já disputou um mundial do WCG na Itália – terminou em quinto lugar – e venceu dois panamericanos no México. Também já disputou campeonatos organizados pela própria Fifa – um na Holanda e um na Alemanha.

E as regalias não param nas viagens. Scorpion também recebe salário. Atualmente, ele tem patrocínio da equipe MIBR. “Eles me pagam viagens, como essa até Curitiba, e o que eu precisar em equipamentos”. O treinamento é puxado. Buffo chega a treinar cinco horas por dia. E o salário vale a pena? O jovem sorri e desconversa: “Não posso falar”.

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Nas seletivas do Need For Speed: Pro Street, a invasão paulista não predominou. Foram dois curitibanos – William dos Santos, o “Hurricane”, e Guilherme Augusto Bartz, o “gui— bartz” – os vencedores e classificados para a final nacional. No Counter-Strike, as equipes classificadas foram a BFF, de Curitiba, e a catarinense CDN. A final nacional será em São Paulo, nos dias 13 e 14 de setembro, e a Final Mundial, que levará 15 representantes brasileiros, acontece em Colônia, na Alemanha, de 5 a 9 de novembro.