A informática é hoje uma grande aliada de governos na divulgação e prestação de serviços. A democratização e ampliação desse meio são os principais desafios para os governantes. Para discutir esse tema, a Secretaria de Estado Especial para Assuntos Estratégicos e da Companhia de Informática do Paraná (Celepar) realizaram ontem o seminário “Governo eletrônico: cenário atual e perspectivas”.
Segundo o secretário de Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira, a página do Governo do Paraná na internet – através do www.pr.gov.br – recebe cerca de 16 milhões de acessos por mês. “Isso demonstra que o local já é referência para muitos serviços”, disse. A idéia é democratizar ainda mais os acessos, além de integrar os municípios do Estado no mesmo local. Isso será feito através da elaboração de programas de inclusão digital, como criação de telecentros e infocentros, que terão o papel de popularizar o acesso à internet. “E isso servirá também para dar oportunidade a essas pessoas de ter acesso a todo o tipo de informação”, disse o diretor-presidente da Celepar, Marcos Mazoni.
Tendência
A expansão dos acessos segue uma tendência que já vem sendo aplicada pelo governo Federal. De acordo com o secretário da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Rogério Santanna, o governo possui 350 sites diferentes e oferece mais de 95 serviços, que recebem em média 40 milhões de acessos ao mês. Um dos sistema bem sucedido, segundo Santanna, é o Receita Net. “Hoje, 97% dos contribuintes fazem sua declaração de Imposto de Renda pela internet, o que coloca o Brasil em destaque mundial nesse tipo de serviço”, disse o secretário.
Segundo Santanna, a secretaria possui um orçamento de R$ 2,8 bilhões para a aplicação de novas tecnologias. As metas do governo são melhorar os serviços de compras pela internet e o pregão eletrônico – que são responsáveis pela redução de 20% nos custos do governo. Além disso, expandir o acesso à população. “Dos cinco mil municípios brasileiros, apenas seiscentos têm acesso a algum provedor de internet”, disse o secretário, que garantiu que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está estudando a implantação de um provedor com tarifa única para todo o País, que facilitará a democratização dos acessos.