Indústria nacional de software movimenta US$ 8 bi anuais

Brasília – A indústria nacional de software quer critérios mais justos que a inclua nos processos de licitação de compra de produtos e serviços por parte do governo brasileiro. O tema foi objeto de reunião, hoje, em Brasília, do ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral e dos representantes da indústria do setor, ligados à Sociedade para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), à Federação Nacional das Empresas de Informática (Fenainfo) e à Associação das Empresas de Informática (Assespro).

Márcio Girão, da Softex, acredita que o governo pode prestigiar a indústria nacional do setor, que é majoritariamente de pequeno e médio portes, diminuindo restrições no processo licitatório. Segundo ele, há exigências que eliminam a participação da indústria nacional. O mercado interno brasileiro movimenta anualmente US$ 8 bilhões, segundo pesquisa do Massachussets Institute of Technology (MIT), cujos dados são referentes a 2001. A empresa nacional de software participa apenas em 20% dessa fatia e, só uma política do governo, de acordo com Girão, poderia aumentar o percentual.

Os industriais acreditam que a empresa nacional de software têm capacidade de abocanhar mais do bolo interno e, inclusive, ampliar sua atuação no mercado internacional. Hoje, as empresas se associam para se instalar no exterior, uma operação que demanta altos aportes financeiros, alegam os donos de indústria. Por isso, os representantes do setor pedem uma linha de financiamento específica para a atuação no mercado internacional. Os industriais apresentaram ao ministro ainda proposta de confecção do software nacional de educação, para promover a reciclagem de professores e a formação de alunos. “Queremos ajudar a promover mais que uma inclusão digital, e sim uma inclusão cultural, onde o acesso ao mundo digital é só o meio para alcançar essa inclusão”, disse.

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