O nome é uma homenagem ao professor emérito do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), José Moacyr Vianna Coutinho, que há mais de 40 anos contribui para a mineralogia brasileira e mundial. O novo mineral Coutinhoita está descrito, com todos os seus detalhes físico-químicos, em uma tese de doutorado que foi defendida na quarta-feira, no mesmo instituto. “As regras estabelecidas pela União Internacional de Mineralogia (instituição que ratifica em todo o mundo as novas descobertas) impedem que seja dado o nome de um novo mineral para qualquer pessoa que tenha participado diretamente do trabalho”, disse o candidato a doutor Flávio de Souza. Mas a escolha já havia sido feita para homenagear Coutinho, cujas contribuições estão presentes no trabalho de qualquer geologista. A nova rocha, de coloração amarelada, é um silicato de urânio-tório. Quando o mineral chegou às mãos dos pesquisadores era impossível saber que se tratava de uma grande novidade. “No início, achamos que se tratava de uma weeksita, que é rica em fosfato”, disse Souza. Orientado pelo professor Daniel Atencio, o estudo de doutorado recebeu o título de Coutinhoita, um novo silicato de urânio análogo à weeksita. O mineral foi encontrado por um colecionador na mina Urucum, que fica na cidade de Galiléia, em Minas Gerais. Mesmo existindo milhares de minerais catalogados no mundo hoje, segundo a lista oficial da União Internacional de Mineralogia, o fato pode ser comemorado do ponto de vista científico. “É bastante rara a descoberta de um novo mineral”, disse Souza.
Homenagem ao professor José Moacyr Vianna Coutinho
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