Nova York (AE-AP) – Humanos e chimpanzés divergiram de um ancestral comum por meio de um processo complexo, que levou 4 milhões de anos para se completar, de acordo com um novo estudo que compara o DNA das duas espécies. Analisando 800 vezes mais DNA do que os estudos anteriores sobre a divergência homem-chimpanzé, pesquisadores do Instituto Broad do MIT e Harvard conseguiram descobrir não só quando, mas também um pouco sobre o surgimento das duas espécies. "Pela primeira vez, conseguimos ler os detalhes escritos no DNA", disse Eric Lander, diretor do Instituto Broad. "O que eles nos dizem é que a especiação homem-chimpanzé foi bastante incomum."

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Pesquisadores teorizam que a espécie ancestral dividiu-se em duas populações isoladas há cerca de 10 milhões de anos, e em seguida voltou a conviver após alguns poucos milênios. Neste momento, os dois grupos, embora já um tanto diferentes, teriam acasalado para formar uma terceira população, híbrida. Esses híbridos, por sua vez, teriam acasalado com uma ou ambas das formas ancestrais. E então, em algum momento após a marca de 6,3 milhões de anos, duas linhas distintas finalmente emergiram.

Alguns especialistas na evolução humana duvidam desse cenário exato, mas ainda assim se dizem impressionados com o estudo. "É uma análise totalmente fria e extremamente inteligente", disse Daniel Lieberman, professor de antropologia biológica em Harvard. "Meu problema é imaginar como seria ter um hominídeo bípede e um chimpanzé encarando um ao outro como um parceiro sexual adequado."

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