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Foto: Arquivo

Para Rezende, o desafio é transformar ciência em riqueza.

Rio – Após os Programas de Aceleração do Crescimento (PAC) e Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), que será lançado em maio, o governo federal também prepara um PAC para a ciência e tecnologia, que deve estar concluído no mesmo mês. O ministro Sérgio Rezende antecipou que os investimentos no setor chegarão a R$ 10 bilhões entre 2007 a 2010.

 Os recursos irão para quatro eixos. Um deles é a pesquisa e desenvolvimento de setores considerados estratégicos para a segurança nacional. Incluem-se aí os programas de biocombustíveis, nuclear e espacial, os estudos sobre a Amazônia e as mudanças causadas pelo aquecimento global.

A segunda meta é o apoio à inovação nas empresas, por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, e das fundações de amparo à pesquisa dos Estados. ?O desafio é transformar ciência em riqueza?, disse Rezende a pesquisadores e cientistas na abertura do Fórum Nacional dos Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação.

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O pacote para a área também incentivará a consolidação do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, por meio de medidas como o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira (24), regulamentando o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fndct). Um passo importante, segundo ele, foi desvincular os aportes dos fundos setoriais, que antes só podiam ser aplicados no setor de origem. ?Isso permitirá uma política mais consistente e abrangente em todas as áreas do conhecimento?, afirmou.

O quarto e último eixo do PAC científico é o uso da ciência e tecnologia como ferramenta de desenvolvimento social. Esse item inclui, desde a melhoria do ensino das matérias nas escolas até os programas de inclusão digital.

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O tema, aliás, foi o mais debatido pelos secretários dos estados presentes no fórum. O governador, em exercício, do Rio, Luiz Fernando Pezão, pediu ao ministro a liberação de parte dos recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para financiar programas de inclusão digital, como a compra de computadores para professores e alunos.

Ex-prefeito de Piraí, cidade de 25 mil habitantes no sul do Rio, Luiz Fernando Pezão adotou, em parceria com universidades, um sistema que permitiu que todo o município tenha acesso à internet de banda larga, de escolas e postos de saúde às casas dos moradores. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançará no município o programa Laptop Popular (equipados com o sistema operacional gratuito Linux), que custará o equivalente a US$ 100 por aluno da rede pública.