Sem dar muita bola para a controvérsia em torno de sua biblioteca virtual, o Google segue em frente com ela neste começo de 2006. A partir desta sexta-feira, estão disponíveis nas páginas do Google Book Search (http://books.google.com) -ex-Google Print – mais de 10 mil obras sem proteção de copyright.

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Entre os livros oferecidos gratuitamente aos internautas estão novelas de Henry James, biografias de nova-iorquinos famosos e documentos sobre a Guerra Civil nos Estados Unidos.

O ambicioso projeto do líder dos sistemas de buscas de digitalizar cerca de 20 milhões de títulos das bibliotecas das universidades de Harvard, Michigan, Stanford, Oxford e da Biblioteca Pública de Nova York, provocou protestos de organizações representativas de editoras e escritores norte-americanos, em razão do possível dano que ele poderia causar aos direitos autorais.

A Europa também gritou. Por outra razão. O presidente da biblioteca nacional francesa, Jean-Noel Jeanneney, descreveu o Google Book Search, na época de sua criação, em outubro de 2005, como "a confirmação do risco da dominação do pensamento inglês, de como as futuras gerações conceberão o mundo".

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O Google respondeu às duas críticas. Sobre a primeira, disse que o serviço oferecerá obras cujos direitos autorais já estiverem vencidos. As demais terão apenas fragmentos publicados. Quanto à segunda, afirmou que os temores são infundados.

"Vamos expandir o projeto para os principais idiomas do mundo", garante Jennifer Grant, gerente de marketing do Google Book Search.

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