A inspiração veio da genética e do intricado sistema de autoduplicação das fitas de DNA. Um grupo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, acaba de provar que é possível criar uma linha de produção auto-replicante para o setor da engenharia.

continua após a publicidade

Os estudos estão apenas na fase dos experimentos em laboratório. Segundo artigo publicado na revista Nature de quinta-feira, esse sistema poderá chegar ao setor privado quando as peças envolvidas no processo forem devidamente miniaturizadas.

A auto-replicação de pequenos componentes eletrônicos com apenas duas partes já foi descrita, há cerca de 50 anos. A novidade agora é que os testes realizados em Cambridge partiram de uma cadeia com cinco peças. De uma fita inicial desses componentes, os pesquisadores conseguiram chegar a pelo menos outras quatro, totalmente idênticas.

Assim como ocorre com as moléculas de DNA, o sistema artificial é alimentado de forma randômica. E esse é um dos itens que pode interromper a continuidade da auto-replicação do sistema robotizado. Além de os tijolos serem pegos ao acaso, outra questão delicada do processo, e isso o mundo biológico também desenvolveu, é o controle das cópias. Será que as cadeias estão sendo feitas de forma idêntica?

continua após a publicidade

Segundo os pesquisadores do MIT, essa questão também foi resolvida no sistema desenvolvido por eles. Com base nos dispositivos eletrônicos adicionais acoplados a partes da fita, é possível saber se aquela ligação que acaba de ser feita realmente ocorreu entre duas partes idênticas.