Segundo um novo estudo, filhos únicos são 25% mais propensos a sofrer com problemas de peso aos sete anos de idade do que seus colegas com um irmão. A causa, segundo os pesquisadores, pode ser que os jovens sejam menos ativos, devido à falta de irmãos e irmãs em casa, ou a super-proteção das famílias.
Os pesquisadores analisaram dados de mais de 11.000 crianças nascidas nos dois primeiros anos do milênio. O estudo mostrou uma ligação direta entre o comportamento dos pais e o peso das crianças. O sobrepeso na infância parece ser principalmente devido a um ambiente doméstico, ao invés de fatores individuais da criança.
As crianças com pais que fumam ou sofrem problemas de peso tinham muito mais chances de serem obesas. Segundo os pesquisadores, a importância dos pais, e especialmente do índice de massa corporal (IMC) das mães, sugere que a obesidade é um problema familiar, e que mensagens de saúde precisam ser dirigidas, em particular, a mães.
Os pesquisadores estão monitorando a saúde das crianças, comportamento, educação e desenvolvimento cognitivo, como parte de um estudo contínuo. Uma importante análise dos dados mostra as alterações no peso das crianças ao longo dos primeiros sete anos de sua vida.
Os cientistas constataram que as crianças que estavam acima do peso na idade de 5 anos eram 25 vezes mais propensas a ter problemas de peso durante os 7 do que outras crianças.
Os pesquisadores sugeriram que a “gordurinha” entre as crianças não deve ser ignorada, e que a intervenção precoce é fundamental para evitar o aumento de problemas de peso.
A pesquisa também mostra que as meninas têm mais probabilidade de ter excesso de peso do que os meninos. Quase 1 em cada 4 meninas estava acima do peso nesta idade em comparação com pouco mais de 1 em cada 6 meninos.
As crianças sem irmãos também estavam mais acima do peso. Crianças de 7 anos que eram filhos únicos tinham 25% mais chances de ter excesso de peso do que aqueles com um irmão, e 30% mais chances de ter excesso de peso do que aquelas com dois irmãos.
Meninas e filhos únicos, além de serem os mais afetados, também são mais propensos a se tornarem obesos entre as idades de cinco e sete anos.
Os pesquisadores não podem afirmar com certeza se o aumento do risco para esses dois grupos é a superalimentação dos pais, ou porque estão envolvidos em menos atividade física, ou talvez devido à superproteção dos pais. De qualquer forma, tornar os pais conscientes do risco aumentado para as meninas e os filhos únicos pode ajudar a modificar seu comportamento.
Fonte: Filhos únicos têm mais chances de ficarem obesos