Graças aos avanços científicos decorrentes da inseminação artificial, os futuros pais dos Estados Unidos tendem cada vez mais a escolher o sexo do bebê. Enquanto em muitos países a escolha do sexo é proibida, a legislação americana não cria obstáculos ao procedimento. Apesar disso, só um reduzido número de clínicas especializadas em "bebês de proveta" oferece esta opção aos clientes.

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A maioria das clínicas que oferecem inseminação em proveta rejeita a escolha do sexo. "Meu trabalho é ajudar casais a ter filhos saudáveis, e não confeccionar um filho sob medida", afirmou Ralph Kazer, especialista em inseminação artificial da Northwestern University.

"A seleção do sexo do bebê é só o primeiro passo para o ?designer babe? (bebê projetado), quando os pais, além de decidir o sexo, poderão escolher sua altura, cor dos olhos e cabelos e até a capacidade mental e física", advertiu Michael Sandel, da Harvard University.

Mas Norbert Gleicher, diretor clínico do Centro de Reprodução Humana, com unidades em Nova York e Chicago, defendeu a possibilidade de escolha, argumentando que "a maior parte das famílias que recebemos tem três, quatro ou cinco filhos do mesmo sexo". "Elas nos pedem ajuda, e por qual motivo não teriam o direito de ser atendidas?", indagou.

O processo mais comum ocorre na própria seleção do embrião, com a escolha do sexo desejado. Outro procedimento, menos difundido, é a escolha entre cromossomos femininos X e cromossomos masculinos Y no esperma. O primeiro custa entre US$ 10 mil e US$ 20 mil, e o segundo é consideravelmente mais barato, em torno de US$ 4 mil.

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