Cientistas americanos confirmaram a presença de grandes massas de metano, um componente do gás natural, na atmosfera de Marte. Na Terra, 90% do metano existente no ar é produzido por seres vivos, e o mesmo pode ser verdade no planeta vermelho. “Tanto a origem biótica quanto a abiótica são possíveis”, diz o principal autor do estudo que descreve o metano marciano, Michael Mumma, do Centro de Voo Espacial Goddard, da Nasa.

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“Isso eleva substancialmente a probabilidade de que houve vida lá ou que ela sobrevive até o presente”, acrescentou Mumma – com a ressalva de que a presença de vida em Marte ainda está longe de ser provada. A alternativa à explicação biológica seria uma origem geoquímica, a partir de uma reação envolvendo rocha aquecida do interior do planeta e água, ou a partir da liberação de metano antigo congelado, aprisionado no subsolo.

Segundo Mumma, apenas missões com astronautas ou robôs, enviadas aos locais de onde o metano parece se originar, poderão eliminar a dúvida. Ao comentar a descoberta em um evento realizado pela Nasa, a geóloga Lisa Pratt, da Universidade de Indiana, disse que o metano de origem geológica na Terra é tão raro que considera que a origem biológica para o gás em Marte “pode até ser mais plausível”. Ela lembrou que existem seres vivos que se alimentam de metano, e que poderiam se acumular junto a fontes do gás. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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