Uma parceria entre empresas de telefonia e emissoras de televisão aberta do País foi defendida nesta quarta-feira (5) por empresários e parlamentares no seminário 2º Acel ExpoFórum, realizado em Brasília. O objetivo desta parceria é o desenvolvimento no Brasil do mercado de programas de TV para celulares. A discussão toma corpo diante da chegada ao País da terceira geração da telefonia celular (3G), que amplia a capacidade dos aparelhos e permite a recepção de vídeos em alta velocidade pelos telefones móveis.
O diretor de Planejamento Estratégico e Novos Negócios da TIM, Renato Ciuchini, disse, durante sua apresentação, que o celular tem uma dinâmica diferente, exigindo um conteúdo específico, adaptável à uma tela menor que a da televisão convencional. "A solução para esse desafio é uma parceria entre operadores e telefonia e as TV abertas", afirmou Ciuchini, ressaltando que não basta simplesmente colocar o conteúdo da TV aberta no celular. "Vai existir um mercado para a novela e outro para o conteúdo sob demanda", assegurou.
O deputado Jorge Bittar (PT-RJ), relator de um projeto de lei que trata de novas regras para o setor de produção e distribuição de conteúdo, afirmou no seminário que há "um ambiente de grandes oportunidades para todos". Ele também disse que a parceria entre os dois setores é o melhor caminho.
O representante da TV Globo no seminário, Carlos Brito, disse acreditar que haverá demanda para os dois tipos de serviços: a programação da TV aberta tradicional e uma programação específica para o celular. Ele ressaltou, no entanto, que em um primeiro momento as redes de televisão aberta vão se restringir a veicular sua programação tradicional.