Os arqueólogos chineses encarregados de pesquisar a origem do dragão chinês apresentaram uma nova teoria, segundo a qual o conceito de dragão foi formado durante o processo da agricultura primitiva no país.
Zhou Chongfa, famoso arqueólogo da província central de Hubei, afirma que a inspiração inicial do protótipo do dragão foi a iluminação e que a pronúncia chinesa de dragão, “long”, se parece com o som natural do trovão.
“Quando a agricultura e o gado substituíram a caça e a pesca como fonte de alimentos, os seres humanos oravam por um bom clima e boas colheitas e a figura imaginativa do dragão foi criada gradualmente como “divindade” agrícola”, diz Zhou.
A explicação do arqueólogo contraria a tese inicial sobre a origem do dragão, que diz que ele seria uma combinação de um número de animais reverenciados por diferentes clãs primitivos, quando se fundiram.
Mas a pesquisa de Zhou sobre a cultura primitiva mostra que o totem era o símbolo e, às vezes, o nome de um clã e que seria inaceitável para uma população tribal juntar os seus totens, especialmente após ser derrotada.
Além disso, a teoria do totem não pode explicar plenamente a origem da imagem e o som do dragão, diz Zhou. Ele acredita, assim, que o dragão chinês teria se originado da agricultura primitiva. Zhou explica que essa atividade dependeu durante muito tempo da chuva para a irrigação. A necessidade da chuva também levou ao culto primitivo de outros animais que vivem na água, como as carpas e os crocodilos, os quais se juntaram à encarnação do dragão.
A China é conhecida como a “terra do dragão” e o povo chinês se considera “descendente do dragão”. Durante milhares de anos na história do país, os imperadores da antiga China deificaram o dragão e proclamaram a si mesmos “filhos do dragão” para consolidar a sua autoridade suprema.