Uma recente descoberta está preocupando ambientalistas de todo o mundo. Uma cordilheira até então submarina emergiu na parte oeste da Antártida, sinal do acelerado derretimento de gelo na região. A cordilheira era desconhecida, e foi descoberta graças à expedição de um submarino não-tripulado do Levantamento Antártico Britânico (BAS, na sigla em inglês), que explorava o mar subterrâneo do continente gelado.
Os cientistas explicam que, há algumas décadas, a geleira sobre a qual a cordilheira se encontrava era presa a essa, porque o gelo era muito espesso. Nos últimos anos, devido ao derretimento de parte desse gelo. Com o aumento da temperatura média dos oceanos, acelera-se o fluxo das geleiras (sim, elas se movem) em 10%. Esse movimento acelerado, por sua vez, proporciona condições para que o derretimento do gelo também se acelere (as geleiras estão diluindo quatro vezes mais rápido do que há dez anos), o que eleva o nível médio dos mares.
O submarino do instituto está fazendo uma varredura da Antártida, construindo um mapa 3D do mar subterrâneo. Com isso, estão sendo descobertas novas cordilheiras como aquela, e é possível saber onde estão os futuros pontos de ruptura das geleiras, e consequentemente, de acelerado derretimento de gelo. O problema é preocupante justamente devido a esse processo cíclico: as cordilheiras subterrâneas se desprendem das geleiras porque o gelo está derretendo; destacadas, causam rupturas que aceleram o fluxo das geleiras; com o fluxo acelerado, elas aumentam o derretimento, que favorece o desprendimento das cordilheiras…