São Paulo – Pesquisadores do Centro de Pesquisas do Câncer Fox Chase, nos Estados Unidos, identificaram um importante gene envolvido na metástase do câncer de mama cujas células são resistentes a terapias com antiestrógeno.
A descoberta foi apresentada na última terça-feira, no 97.º Encontro Anual da Associação Norte-Americana para a Pesquisa do Câncer, em Los Angeles. O gene pode vir a ser um marcador útil para estimar quais pacientes têm maior risco de recorrência do câncer de mama e auxiliar médicos a oferecer planos de tratamento mais apropriados.
A pesquisa teve foco nas células do câncer de mama que adquiriram resistência a uma classe de drogas anti-hormonais conhecidas como inibidores de aromatase (IA). Os IAs desligam a enzima aromatase, que faz o corpo produzir estrógeno fora dos ovários.
Essas drogas, de acordo com os autores do estudo, estão entre as mais novas e eficazes formas de terapia hormonal para mulheres pós-menopausa cujos tumores tiverem testes positivos para receptores de estrógeno, indicando que esse hormônio alimenta o crescimento de células cancerosas.
?Infelizmente, um dos inconvenientes para o uso prolongado de um IA é a possibilidade de algumas das células cancerosas desenvolverem resistência à droga e se espalharem independentemente do estrógeno?, disse a pesquisadora Joan Lewis-Wambi.