?Ela tem acesso à internet, mas não livremente. É vigiado?. A professora Tânia Aparecida de Jesus garante que controla o acesso da filha Ana Carolina, de 12 anos, à rede. Além de navegar junto, ela conta que conversa sobre que páginas acessar e quais não acessar. De acordo com especialistas, esse tipo de controle é fundamental. Os pais devem sempre estar atentos ao conteúdo que filho acessa. Porém, não são todos que fazem como Tânia.
A mãe afirma que controla porque sabe dos riscos dispersos na internet. ?A gente deve estar em cima, pois muitos sites podem levar nossos filhos ao erro. Eu sempre vejo que páginas ela acessa e converso com ela. Com certeza tem conteúdo ruim disponível?, diz. A filha conta que somente usa a rede para acessar os e-mails e que não se incomoda com essa vigilância de Tânia.
O consultor de tecnologia de informação (TI) para áreas de servidores Marcelo Okano afirma que os riscos do livre acesso da criança à internet são os mais variados. ?Primeiro existem os ligados à identidade das pessoas, que não é conhecida. Num bate-papo, a criança pode estar conversando com uma pessoa de má-fé e ser induzida a passar informações sobre ela?, afirma. Outro risco, segundo ele, é a criança, por curiosidade e falta de malícia, acessar um conteúdo contaminado por vírus ou com ?programa espião?.
É por esses e outros problemas que ele afirma: ?O acesso das crianças deve ser vigiado. Os pais devem sempre acompanhar?. A primeira dica de Okano aos pais, é ?deixar claro os perigos da internet e deixar claro para a criança não se expor e não passar informações sobre ela?. ?Eles também devem deixar claro que haverá controle e, de fato, fazer isso sempre. Outra maneira de verificar que tipo de conteúdo está sendo acessado pela criança é pelo histórico, pelo browser, os sites acessados e, no e-mail e nas ferramentas de mensagens instantâneas, ver com quem os filhos estão conversando?, orienta.
Okano ainda comenta que controlar o acesso à rede é uma questão educacional. ?Outra sugestão é que os pais tragam seus filhos para navegar junto, mostrando os sites que vão trazer algum benefício?, conclui.
Fora
Se dentro de casa o acesso à internet pode fugir do controle dos pais, fora mais ainda. ?Nas lan houses não há o controle físico dos pais. O ideal é que o pai vá com a criança e controle, nem que seja de longe. Tudo para evitar problemas futuros?, sugere.