Cientistas desenvolvem telas flexíveis

No futuro, para ligar o computador será preciso desenrolá-lo primeiro. Cientistas da Universidade de Toronto acabam de desenvolver uma tela flexível para ser utilizada em aparelhos como computadores, televisores, videogames ou celulares. Trata-se do primeiro projeto canadense bem-sucedido no desenvolvimento do chamado dispositivo orgânico-flexível emissor de luz (foled, na sigla em inglês). “A tecnologia abre uma gama enorme de possibilidades. Imagine, por exemplo, um quarto com papel de parede que exibe a cada dia pinturas de um artista diferente”, disse Zheng-Hong Lu, professor do departamento de engenharia da universidade. “Ou, então, um jornal eletrônico reutilizável, que faz o download diário de notícias e pode ser dobrado ou enrolado após o uso.”

As telas planas de hoje, como as de LCD ou de plasma, são construídas a partir de vidros pesados e não flexíveis. São também muito delicadas, podendo quebrar facilmente durante o transporte ou a instalação. Lu, em trabalho junto com os colegas Sijin Han e Brian Fung, do mesmo departamento, desenvolveu a nova tela a partir do uso de diversos materiais flexíveis, como filmes plásticos transparentes ou folhas metálicas refletivas.

De acordo com os cientistas da Universidade de Toronto, o produto pode ser fabricado em escala industrial com baixo custo de produção. O grupo, que já patenteou a tela desenvolvida, calcula que ela chegará ao mercado em dois ou três anos.

Telas flexíveis estão cada vez mais próximas da realidade do consumidor. Além da universidade canadense, estão desenvolvendo tecnologias do tipo diversas outras instituições de pesquisa em vários países, além de gigantes do setor eletrônico e de informática como Philips, IBM, Hitachi e Toshiba.

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