Tem gente que só acredita o que vê, mas cada vez mais pesquisas apontam que a nossa visão das coisas é mais distorcida do que imaginamos. Segundo uma pesquisa realizada na Universidade Cornell, nos Estados Unidos, o desejo por algum objeto pode influenciar sobre o modo que enxergamos o mundo à nossa volta. A descoberta foi feita a partir de um estudo realizado para analisar como as nossas vontades afetam nossa percepção: em um experimento, cientistas pediram que participantes voluntários estimassem a distância que uma garrafa de água estava deles.
Metade dos participantes puderam tomar água antes do experimento, e a outra metade comeu pretzels salgados, para que ficassem com mais sede. Os resultados mostram que as pessoas que estavam com sede estimavam a distância da garrafa como muito mais próxima a eles do que aqueles que beberam água antes do estudo.
De acordo com outra pesquisa realizada pela mesma equipe, nosso desejo por certos objetos também pode resultar em mudanças de comportamento. No estudo, voluntários tinham que jogar um pacote em cima de um vale-compras no valor de 0 ou 25 dólares. Se acertassem a mira, ganhariam o dinheiro, e se errassem, perderiam o vale. Curiosamente, as pessoas jogaram os pacotes em maiores distâncias se o vale era nulo.
Quando o cartão valia 25 dólares, os voluntários jogaram o pacote muito mais próximo a seus corpos, acreditando que ele estava a uma distância menor. Os pesquisadores que realizaram os estudos acreditam que esta resposta cerebral ocorre para encorajar as pessoas a comportamentos que os levem a conseguir o objeto – ou seja, quando vemos algo que está mais próximo a nós, somos mais facilmente levados a pegá-lo.
Fonte: Objetos desejados parecem mais próximos, diz pesquisa.