Estudiosos descobriram que os chimpanzés são conscientes do impacto social de suas comunicações. Ou seja, podem mudar o que “dizem”, dependendo de quem está ouvindo.

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Isso revela uma consciência social até então desconhecida que pode conter explicações da origem da linguagem humana.

Os chimpanzés se comunicam através de uma variedade de convites e gestos, sendo que os sons podem significar todo o tipo de coisas, inclusive ser um sinal de subordinação.

Em resumo, os chimpanzés produzem quatro chamados básicos. No entanto, há muitas variações acústicas dentro destes quatro tipos, o que os torna difíceis de estudar.

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A pesquisa mostrou que os chipanzés em Uganda, na África, apresentam um elevado grau de consciência social ao produzir esses sinais, especialmente o de subordinação.

As chimpanzés fêmeas modificavam a sua utilização do sinal dependendo de quais chimpanzés estavam ouvindo. Se o macho alfa está ao alcance da voz, as chimpanzés fêmeas geralmente se recusam a cumprimentar outro macho. A presença da fêmea alfa também inibiu chimpanzés abaixo na hierarquia.

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Os investigadores ainda não sabem exatamente porque os chimpanzés modificam seus chamados em determinadas situações sociais. Na presença do macho alfa, uma possibilidade é para garantir que ele não se torne agressivo.

A sugestão mais provocante, dizem os pesquisadores, é que as fêmeas podem calar-se estrategicamente, para ajudar seus homens favoritos a subir na escada social, embora isso seja somente especulação.

Quando as pessoas se comunicam, o objetivo é ser compreendido. Saber os efeitos de quem está te ouvindo é um componente-chave neste processo. Os chimpanzés atuais são conscientes disso, revelando algumas das raízes evolutivas de uma linguagem presentes em nosso parente vivo mais próximo. O estudo sugere então que nossos ancestrais comuns que viveram há cerca de seis milhões de anos atrás devem ter sido capazes de fazer o mesmo.