Em 2011, o Ceará deve receber uma usina de urânio. O Estado possui uma jazida do minério localizada em Itataia, no município de Santa Quitéria, no sertão central. A planta da fábrica deverá ser instalada juntamente com uma unidade de processamento de fosfato, que tem no urânio seu principal insumo. O processamento do fosfato será executado por uma empresa privada, enquanto a usina contará com capital e exploração do governo federal.
De acordo com Alfredo Tranjam, presidente das Indústrias Nucleares Brasileiras (INB), que é o braço direito da União na exploração do monopólio do urânio, o projeto deve consumir investimentos entre US$ 140 milhões e US$ 190 milhões. A maior parte deste valor seria coberta pela agência mineradora: algo entre US$ 120 milhões e US$ 170 milhões, utilizados para a construção da planta de fosfato. Os US$ 20 milhões restantes serão aportados pelo INB.
Em entrevista ao jornal cearense Diário do Nordeste, publicada nesta quinta-feira (27), Tranjam afirmou que oito mineradoras do País foram convidadas formalmente a participar do processo que apontará a empresa exploradora da usina. Os envelopes com as propostas devem ser abertos no fim de outubro e o nome da vencedora anunciado em novembro.