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Começa em janeiro a caça no espaço das mais violentas explosões conhecidas no universo. Com o lançamento do observatório Swift, os cientistas vão examinar com detalhes inéditos as explosões de raios gama, eventos descritos como o "choro de buracos negros quando nascem" e que, em segundos, liberam mais energia do que o Sol em toda a sua existência.

As explosões de raios gama são as mais poderosas registradas no universo. Mais intenso, apenas o Big Bang, que teria dado origem a tudo. Elas duram de frações de segundo a alguns poucos minutos. Sobre as mais longas, há um certo consenso de que se trata do nascimento de buracos negros, resultados do colapso de estrelas muito grandes. Sobre as menores, há mais uma suspeita: a de que seriam o resultado de colisões de estrelas de nêutrons.

A certeza geral – e o que mais chama atenção dos pesquisadores – é a intensidade impressionante. "Em alguns minutos, elas liberam tanta energia quanto nosso Sol libera ao longo de todos os seus 10 bilhões de anos de existência", disse, ao site da revista Nature, o astrofísico britânico Keith Mason, da University College London, participante do projeto.

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As explosões de raios gama ocorrem em média uma vez por dia e vêm de qualquer direção do céu. O segredo da missão Swift está no poder do observatório espacial de girar rapidamente seus instrumentos para dar a localização exata do fenômeno a observatórios em terra, onde o brilho resultante será estudado. A Nasa, agência espacial dos EUA, marcou para janeiro o início oficial das medições.

O Swift é uma parceria de US$ 250 milhões dos EUA, Itália e Grã-Bretanha. O lançamento havia sido adiado por semanas, por causa de furacões, mas ocorreu no último dia 20.

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